A transferência de um casal de antas, nascido no Zoológico de Sorocaba, para uma reserva ambiental da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, no dia 3 de julho, está sendo objeto um requerimento encaminhado ao Executivo por parte da Comissão de Meio Ambiente, com questionamentos formulados por um munícipe.
De acordo com o que foi veiculado pela imprensa, a transferência tem como objetivo promover a recuperação da fauna silvestre na Reserva Ecológica do Guapiaçu e no Parque Estadual dos Três Picos, no Rio de Janeiro. De acordo com os técnicos, as antas desempenham importante papel na dispersão de sementes.
“O principal questionamento do munícipe é quanto à transparência que deve nortear toda e qualquer transferência de animais do Zoológico Municipal, para evitar que esses animais venham a ser comercializados ilegalmente”, afirma João Donizeti Silvestre (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa, também formada pela vereadora Iara Bernardi (PT) e pelo vereador Vitão do Cachorrão (MDB).
Comunicação prévia – Entre os questionamentos formulados pelo munícipe Odair Ramos de Barros e encampados pela Comissão de Meio Ambiente está a necessidade de comunicar a Câmara Municipal e a Comissão de Meio Ambiente sobre a transferência de animais do Zoológico Quinzinho de Barros, bem como divulgá-la, de forma ampla, para que a população, bem como as entidades protetoras dos animais, possa acompanhar esse processo.
No requerimento, entre outros questionamentos, a Comissão de Meio Ambiente solicita informações quantitativas sobre a população animal do Zoológico, especialmente sobre os animais que são recebidos, transferidos ou que venham a morrer. Também indaga sobre a qualidade dos alimentos servidos aos animais e o efetivo de funcionários que atuam no órgão.
Por fim, a Comissão de Meio Ambiente solicita informações detalhadas sobre a entidade que ficou responsável pelo casal de antas no Rio de Janeiro até que os animais possam ser devidamente reintegrados à natureza. E, se não for possível essa reintegração, caso os animais não consigam se adaptar a seu novo hábitat, a comissão também quer saber qual será o seu destino.
Por meio de nota, a Prefeitura informou que as antas do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros” que foram levadas para a Reserva Ecológica de Guapiaçu foram reintroduzidas na fauna e agora são de vida livre.
Esse trabalho para a reintrodução de fauna na reserva ecológica foi feita por professores e pesquisadores das universidades IFRJ, UFRJ e UFRuralRJ, que desenvolveram o Projeto “Refauna”. Assim, foi desenvolvido técnicas de reintrodução de anta (Tapirus terrestres) na Reserva Ecológica de Guapiaçu e no Parque Estadual dos Três Picos, no estado do Rio de Janeiro.
A Sema também informa que agora com o início do trabalho do Conselho Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal, levará essas informações nas reuniões ordinárias para conhecimento de todos.
Com relação à adaptação dos animais na reserva, não há motivo para que eles não se adaptem ao local, já que se trata de uma reserva de Mata Atlântica, habitat natural da espécie.