A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Saúde (SES) e sua Divisão de Zoonoses, mantém um conjunto de ações no combate à dengue ao longo de todo o ano, abrangendo todas as regiões da cidade. Só em 2022, até o momento, foram visitados 57.661 imóveis na busca ativa e inativação de potenciais criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegipty, que igualmente pode ser vetor da chikungunya, zika e febre amarela.

 

Todo esse trabalho de conscientização e combate às doenças, realizado pelos agentes da Divisão de Zoonoses, tem trazido resultados muito positivos, como a redução de até 94% no número de casos confirmados de dengue, na comparação com 2020, ano em que foi registrada alta nos indicadores. A Divisão de Zoonoses, contudo, destaca que o sinal de atenção e as ações preventivas devem sempre continuar, uma vez que o índice de densidade larvária do município está alto, ainda que a cidade não viva um momento epidêmico.

 

De janeiro a março de 2020, foram 943 casos de dengue, sendo 840 autóctones, 83 importados, além de 20 com local provável indeterminado. No mesmo período de 2021, foram 130 casos confirmados, sendo 106 autóctones, 19 importados e cinco com local provável indeterminado. No primeiro trimestre de 2022, houve ainda mais redução dos casos. São 59 registros, sendo 46 autóctones e 13 importados. Considerando o ano todo, foram 1.873 casos em 2020 e 1.224 confirmados em 2021, o que representa uma redução de 35%.

 

Frentes de ação

 

Para chegar a esses resultados, são realizadas diversas ações preventivas e de combate, como as visitas porta a porta, com a ida aos imóveis para a busca ativa de possíveis casos da doença, orientações sobre os sintomas e de prevenção, bem como remoção de potenciais criadouros e aplicação de larvicida. Só em 2022, já foram visitados 8.539 imóveis para a realização dessas atividades.

 

Há, também, as visitas de rotina, que, mesmo quando não há um caso positivo de dengue identificado, as equipes vão às residências para orientar a respeito de sinais da doença e como preveni-la, além de outras medidas combativas. Para essas ações, foram visitados 13.788 imóveis em 2022.


Também são feitas as chamadas nebulizações, para eliminar as formas adultas do mosquito vetor, possivelmente infectadas com o vírus, de modo a controlar a disseminação da doença em uma determinada região. Neste ano, 6.879 imóveis foram nebulizados.

 

Outra ação realizada é o chamado “mutirão de arrastão”, em que é feita a remoção imediata de potenciais criadouros do mosquito da dengue encontrados em imóveis, terrenos baldios e áreas verdes, com caminhões para a coleta desses materiais. Neste ano, foram removidos 243.530 kg desses itens no município, tais como: recipientes de plástico, vidro, borracha, pneus velhos, garrafas, entre outros.

 

As equipes da Zoonoses ainda promovem ações educativas e de mobilização social. Em 2022, até o momento, foram realizadas 12 exposições interativas sobre o combate à dengue, em diferentes bairros da cidade, com o objetivo de orientar a população.

 

Por fim, foram realizadas 899 fiscalizações específicas de combate à doença, com a aplicação de 75 notificações de irregularidades para adequação e 19 autos de infração, envolvendo situações de manutenção das desconformidades.

 

Um dos bairros de Sorocaba que recebeu ampla cobertura da Zoonoses foi o Maria dos Prazeres, na região do Cajuru do Sul. Lá, foram feitas visitas, aplicação de larvicida, nebulizações e “mutirão de arrastão”. Foram removidos 6.700 kg de materiais que poderiam se tornar possíveis criadouros do mosquito nos bairros Maria dos Prazeres, Dálmatas e Jardim Nilton Torres. Um amplo trabalho de conscientização e mobilização da comunidade local foi igualmente executado.

 

“Neste mês de março, as ações nessa região ainda incluíram uma palestra, na Igreja do bairro Maria dos Prazeres, levando informações sobre o mosquito transmissor, as formas de controle da dengue e a apresentação de um relatório de as ações realizadas”, conta a coordenadora da Divisão de Zoonoses da SES, Thaís Buti. “Mesmo com a melhora nos números, a população deve sempre continuar empenhada para combater os focos”, relembra.

 

Como a população pode combater

 

É preciso manter as lixeiras sempre tampadas e com os sacos plásticos bem fechados. Os munícipes devem guardar os pneus secos em local coberto.


Garrafas, frascos, potes, latas vazias e baldes descartáveis devem ser colocados no lixo ou vazios e virados de boca para baixo, igualmente em local coberto. Manter ralos com pouco uso fechados e com uma colher de detergente ou sabão em pó. Após cada chuva ou ao lavar o quintal, repetir esse tratamento.

 

Todos os pratos de vasos de plantas ou xaxins, dentro ou fora da casa, devem ser eliminados, pois acumulam água e são um dos possíveis criadouros mais frequentes do mosquito. No caso de bromélias ou outras plantas que possam acumular água, o indicado é plantar em local coberto e molhar somente a terra, pois esse tipo de planta acumula água e pode servir de criadouro para o Aedes aegypti. Vasilhas de água para animais domésticos devem ser escovadas com bucha e sabão, todos os dias, e ter a água trocada, para eliminar possíveis ovos do mosquito.

 

Além disso, as caixas d’água devem estar sempre tampadas e bem vedadas, além de não se esquecer de colocar tela no buraco dos ralos do “ladrão”, pois o mosquito pode entrar por ali e depositar seus ovos.

 

Para as bandejas de geladeiras, retirar sempre a água e escovar com água e sabão, deixando 1/4 de copo de detergente ou duas colheres de sabão em pó. Piscinas de grande e médio porte deverão ser tratadas com cloro em quantidade adequada para o tamanho. Caso estejam vazias, coloque 1 kg de sabão em pó no ponto mais fundo. As piscinas para crianças deverão ser escovadas e ter sua água trocada a cada dois dias. Nas lajes, retire a água acumulada e providencie para que ela tenha um desnível em direção ao cano.

 

É importante verificar as calhas, se elas não estão entupidas. Remova folhas ou outros materiais que possam impedir o escoamento da água e mantenha a calha com um pequeno desnível, em direção ao cano. Para os vasos sanitários com pouco uso, coloque duas colheres de sopa de sabão em pó, repetindo esse tratamento após cada troca de água.


Para finalizar, os cuidados não devem ser somente na residência. É essencial ficar atento a possíveis focos de água parada na escola, no trabalho, nos vizinhos e em outros locais frequentados diariamente.

 

A Secretaria de Saúde informa que denúncias de possíveis criadouros do Aedes aegypti podem ser feitas por meio do canal 156 ou pelo site da Prefeitura:

 

http://www.sorocaba.sp.gov.br/atendimento/#/Home/Solicitacao ou, ainda, em uma das Casas do Cidadão. Também é possível registrar a ocorrência pelo WhatsApp da Ouvidoria Geral do Município, pelo número: (15) 99129-2426, das 8h às 17h. Em seguida, uma equipe técnica vai ao local e faz a inspeção da área para tomar as devidas providências.