Pressão arterial apresentou queda significativa de 12% em 2020, enquanto que o Índice de Massa Corporal (IMC) registrou aumento de 4%; dados resultam do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
A TRABT Medicina e Segurança do Trabalho, com 37 anos de experiência no segmento, realizou um levantamento inédito que aponta as condições de saúde dos trabalhadores da cidade de Sorocaba e região. Os dados resultam do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que representa o total de exames ocupacionais realizados pela empresa nos anos de 2019 e 2020. O objetivo é gerar estatísticas que servirão para nortear as ações de melhoria das condições de saúde do trabalhador.
O levantamento traz uma análise dos exames básicos previstos pelo Programa. Os dados evidenciam uma queda de 12% nos níveis de pressão arterial do trabalhador entre os anos observados. Em 2020, cerca de 28% do público apresentaram alterações, enquanto que, em 2019, foram 40%. Observou-se que, deste universo, os homens sofrem mais com o problema do que as mulheres. Em 2019, 71% deles apresentaram alterações, ante 29% das mulheres; em 2020, foram 78% dos homens, ante 22% das mulheres.
Já os exames de acuidade visual também apontaram queda. Comparando os períodos, houve redução de 9% nos índices. Em 2020, cerca de 32% dos trabalhadores avaliados apresentaram algum tipo de alteração; em 2019, eram 41%. Os homens, no entanto, são maioria: em 2019, cerca de 57% apresentaram resultados alterados, ante 43% das mulheres; no ano seguinte, este número saltou para 62% dos homens, ante 38% das mulheres.
Embora tímidos, os dados sobre o Índice de Massa Corporal (IMC) apontaram aumento de 4% em 2020. Em 2019, 60% dos profissionais estavam acima do peso; destes, os homens apresentaram mais alterações, cerca de 65% deles; enquanto que 35% das mulheres se mostraram com sobrepeso. Já em 2020, 64% dos entrevistados estavam com IMC alterado, e os homens, mantiveram-se à frente das mulheres, 63%, ante 37%, respectivamente.
Metodologia
Os resultados foram compilados, tabulados e analisados por uma equipa médica especializada, a partir dos relatórios de PCMSO emitidos para as empresas clientes da TRABT. O programa monitora a saúde dos trabalhadores a partir de exames como o admissional, demissional, retorno ao trabalho, mudança de função e exames complementares, que consideram diretrizes básicas referentes à análise de risco do ambiente de trabalho em cada uma das empresas. A faixa etária variou entre 39 anos para os homens, e 31 para as mulheres.
“Toda empresa, independentemente da quantidade de colaboradores ou do grau de risco pelo tipo de trabalho que exerce, deve fazer o controle médico recomendando pela NR-7. Quando bem elaborado e monitorado, o PCMSO nos permite traçar estratégias eficazes e personalizadas para preservar a saúde de todos”, pontua Dr. Renan Moreno, médico do Trabalho da TRABT Medicina e Segurança do Trabalho.
Dr. Moreno explica, ainda, que esta análise é uma importante ferramenta para mapear e obter indicadores de saúde por meio de relatórios anuais que incluem dados epidemiológicos coletados nos exames ocupacionais, além de permitir a gestão da taxa de absenteísmo por motivos médicos. “Emitimos um documento impresso para as empresas com orientações técnicas considerando cada item observado, como mudanças no cardápio, utilização e troca de EPIs, atividades laborais e de relaxamento, entre outras. Posteriormente, realizamos novos exames, fazemos os comparativos e traçamos novos planos de melhoria”, finaliza.