O Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema, entrevistou, nesta manhã desta quarta-feira (10), o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança, príncipe descendente da família real brasileira, tetraneto de Dom Pedro II e trineto da Princesa Isabel, eleito pelo PSL pelo estado de São Paulo, com 118,4 mil votos.
O nome de Bragança chegou a ser cogitado para o cargo de vice na candidatura a presidente de Jair Bolsonaro (PSL). Ele comentou se aceitaria ocupar o Ministério de Relações Exteriores, caso houvesse convite de Bolsonaro se eleito. “Se por acaso houver esse convite, ela é fundamental para nossa qualidade de vida no Brasil. Não há demérito nenhum na questão de ser deputado. Há uma série de emendas constitucionais e projetos que já estão concluídos por mim”, disse.
Sobre as declarações polêmicas do vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão à imprensa, como defender um autogolpe e críticas à Constituição, Bragança o defendeu e enfatizou que “na parte política deve-se ter polimento e escolha melhor de palavras. Ele vai aprendendo, adquirindo isso ao longo do tempo. Em termos de intenção e visão, o conheci em um jantar aqui em casa. O achei uma pessoa extremamente culta para ser um grande líder. Vamos dar uma chance a ele, que ele merece”.
Ainda sem convite oficial para participar do governo de Bolsonaro, caso este eleito, o príncipe defendeu o candidato a presidente pelo PSL. “Não fui chamado pelo Jair e pela cúpula que forma o Poder Executivo. O generalato brasileiro é muito qualificado, tem conhecimento geopolítico. Todos eles compartilham de uma certa visão comum. Estamos saindo de um momento de um Brasil de extrema corrupção. O erário público tem sido jogado nas mãos de agentes desqualificados e com más intenções”, pontuou. “Em função de eu não participar, não ter uma tradição, uma carreira militar e não estar dentro do núcleo duro, acho que estão primando por essa convergência de visões e ideias. Talvez, num futuro, isso pode acontecer.
Para Luiz Philippe, a monarquia seria uma opção de governo para o povo brasileiro. “Seria de fato um modelo estabilizador para o brasil. Claro que o brasileiro teria de ser consultado. Ela, tal qual é apresentada hoje, tem uma estrutura de apresentação que é mais estabilizadora. A monarquia não governa. veta abuso de poder de outros poderes. O quarto poder em qualquer outro sistema do mundo existe. o quarto poder é extremamente bem regulamentado. com três poderes nunca vamos nos estabilizar”, opina citando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Caso houvesse monarquia no Brasil, o deputado explica que não está diretamente na linha sucessória. Antes dele estariam seus tios Dom Luíz Gastão de Orléans e Bragança e, na sequência, Dom Bertrand Maria José de Orléans e Bragança, ambos filhos de Pedro Henrique de Orléans e Bragança. Após, viriam seus primos e então ele.
O parlamentar, que assume cadeira em fevereiro, defende a desburocratização no país. “Temos que destravar, desburocratizar o brasil. Temos economia totalmente amarrada e precisamos mais de consciência e bom senso sobre o que deve ser regulamentado. Pouco empreendedorismo e pouca capacidade de gerar renda”, criticou.