FOLHAPRESS
Makoto Namba, um dos engenheiros presos na manhã desta terça-feira (29), em uma operação deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais, pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, venceu em 2018 um prêmio por projeto de gestão de risco geotécnico de barragens de rejeito.
Concedido pela ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), o prêmio foi dado a uma equipe de seis engenheiros, da qual Namba faz parte, pelo estudo de caso da barragem de Itabiruçu, em Itabira (MG, a 160 km de Brumadinho).
LAUDO DEFINIA RISCO COMO BAIXO
Um dos elementos que levaram à prisão foi um laudo, assinado por Makoto Namba, engenheiro terceirizado, e Cesar Augusto Paulino Grandchamp, geólogo da Vale. Ambos foram presos na manhã desta terça-feira (29).
O documento sobre a Barragem I, da mina do Córrego do Feijão, define o risco da estrutura como baixo, embora afirme que o dano potencial é alto.
O laudo assinado pelos dois declara inspeção de segurança na barragem e atesta “estabilidade da mesma em consonância com lei 12.334, de 20 de setembro de 2010”.
Namba é engenheiro civil da TÜV SÜD Bureau, empresa que atua na área de engenharia consultiva e está focada na gestão de projetos de construção e infraestrutura, Yassuda é diretor da empresa, segundo a polícia paulista.