A CPI do Falso Voluntariado realizou na tarde desta quinta-feira (2) oitiva com Luiz Carlos Navarro, proprietário da empresa DGentil, que mantém contrato com a Prefeitura e conta com R$ 22 milhões de verba para ações publicitárias. A empresa é apontada como a responsável por providenciar os pagamentos de R$ 11 mil mensais a Tatiane Polis, cuja atuação irregular como voluntária é investigada pela CPI, presidida pela vereadora Iara Bernardi (PT) e tem relatoria da vereadora Fernanda Garcia (PSOL).

Em relação aos referidos pagamentos, denunciados pelo ex-secretário de Comunicação, Eloy de Oliveira à Polícia Civil, o depoente, ao ser questionado pelas vereadoras, negou sua realização. Navarro negou também que tenha sido feito pedido para que a empresa contratasse Tatiane Polis, disse que não a conhece, embora ela tenha participado de duas reuniões com ele no gabinete do prefeito José Crespo, nas quais a empresa apresentou à Secretaria de Comunicação o planejamento de campanhas publicitárias. Segundo o depoente, nessas ocasiões Tatiane Polis estava presente apenas como ouvinte.

O depoente explicou também a contratação de pesquisas para a Prefeitura. Iara Bernardi questionou o motivo de terem sido realizadas as referidas sondagens, que tratam da atuação de deputados estaduais, vereadores, da vice-prefeita, Jaqueline Coutinho, enfim, lideranças políticas. Navarro disse que o conteúdo da pesquisa entregue à CPI estava incompleto e que o trabalho, na verdade, compreende um completo diagnóstico do serviço público na cidade. “Fiz a pesquisa para que a empresa possa apresentar um plano de comunicação para a Prefeitura”, explicou o depoente. A presidente da CPI reiterou sua estranheza quanto ao conteúdo da sondagem. “Me parece uma pesquisa eleitoral”, afirmou Iara Bernardi.

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