Por Vanderlei Testa
Ele é nome de rua, de rodovia e principalmente de um sorocabano orgulho da cidade.
Emerenciano Prestes de Barros nasceu no dia 30 de junho de 1909. A nova geração de
sorocabanos talvez desconheça a sua história que é parte das raízes de uma família que
admiro muito. Filho de Joaquim Eugênio Monteiro de Barros e de Hortência Prestes, nosso
destaque desta semana me traz à lembrança o casarão onde ele morou com a sua família.
Nasci na rua Santa Maria ao lado da casa de seu irmão, “seu Zézinho Prestes de Barros”. Em
continuidade há a rua Cel. José Tavares e, em uma residência de esquina, em frente ao
Clube Avaí, morava o Emerenciano e família, onde os seus filhos cresceram.
Grandalhão na estatura e, com um jeitão afável junto aos moradores do bairro, Emerenciano marcou sua trajetória política em Sorocaba. Foi eleito vereador, prefeito em 1950 e deputado federal em 1967. Na juventude, estudou no ginásio São Bento e posteriormente na faculdade de farmácia e odontologia de Itapetininga.
Casado com Etelvina de Barros teve três filhos. Um de seus filhos com o mesmo nome do pai, foi vereador em Sorocaba entre 1976 e 1982. O Emerenciano Prestes de Barros Filho, conhecido como “Ciano”, cresceu na minha vizinhança da Vila Hortência. O nome da vila é em homenagem a sua avó paterna Hortência Prestes. Até hoje compartilho minhas notícias na rede social com os familiares Prestes de Barros, entre eles, a filha do saudoso Emerenciano, Heloisa Barros, professora aposentada.
Lembro-me, que em 1975, no mês de junho, o Emerenciano partiu para a eternidade. Tinha apenas 66 anos de idade e muita vitalidade. A família Prestes de Barros sempre esteve ligada na história do bairro Além Ponte. Seja no Parque Zoológico “Quinzinho de Barros”, “Jardim Prestes de Barros”, rua Quinzinho de Barros e, tantos outros logradouros que relembram essa tradicional família. Minha infância e juventude ao lado dos Prestes de Barros será lembrada em cada um dos seus membros.
Neste começo de 2019, a Maria Helena Prestes de Barros Maestrini também nos deixou para estar ao lado de seus pais e dois irmãos, o João e o “Tonheca”, e do marido Mário Maestrini. A Maria Helena nasceu em fevereiro e, eu, no final de janeiro do mesmo ano. Nossos pais eram mais que vizinhos, mas amigos de verdade.
Maria Helena, como cristã devota à Nossa Senhora Aparecida, também deixou seu testemunho e exemplo de mãe, avó, irmã e filha dos saudosos “seu” Zézinho e dona Ida Prestes de Barros. Sua neta Letícia escreveu na sua despedida do dia 25 de janeiro: “a saudade da vó era tão grande que não aguentou ficar um ano sem o vovô Mário. Vó, você fez de tudo pelas suas netas e só tenho a agradecer por isso. Te amo para sempre”.
E como na foto que ilustra esta coluna, lá foram eles, Maria Helena e Mário, de mãos dadas
rumo ao paraíso.
Vanderlei Testa é jornalista e publicitário
Escreva para: vanderleitesta.ipa@gmail.com