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Vereadores debatem conceito de Cidade Inteligente em audiência pública na Câmara

Postado em: 15/09/2018

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A Câmara Municipal de Sorocaba realizou, na manhã de sexta-feira (14), uma audiência pública de iniciativa do vereador Hudson Pessini (MDB) com o tema “Cidades Inteligentes”, também conhecido por “Smart Cities” (conforme o termo original inglês). Durante o debate foram apresentados exemplos e anunciadas as ações que vêm sendo desenvolvidas em Sorocaba, além de levantados os desafios para acompanhar a revolução tecnológica.

Além de Pessini, que presidiu a audiência, a mesa principal foi composta pela secretária de Planejamento e Projetos, Mirian Zacareli; pelo presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba, engenheiro José Carlos Carneiros; pelo engenheiro do Parque Tecnológico de Sorocaba, Flávio Guerhardt, e pelos palestrantes do dia, o especialista em tecnologias cognitivas e em cidades inteligentes, Daniel Merege, e a coordenadora Geral do Smart Campus da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS), Regiane Relva Romano. A vereadora Iara Bernardi (PT) também acompanhou a audiência.

Abrindo os debates, o vereador Hudson Pessini lembrou que no ano passado foi criada no Legislativo a Comissão Especial das Cidades Inteligentes, que culminou com a promulgação da Lei 11.726, de 4 de junho de 2018, de sua autoria, que define como “Cidade Inteligente” aquela “que possua inteligência coletiva, que tenha responsabilidade ambiental, que promova o desenvolvimento social e que estimule o crescimento econômico equilibrado por todo o território da cidade”.

“Queremos melhorar as condições de vida, trazer novas ideias e tentar transformar a cidade em um lugar melhor”, disse. O parlamentar citou que 90% da população do país vive na área urbana, e que esse crescimento desenfreado trouxe problemas às cidades, sendo necessários meios inteligentes de gestão e controle para melhorar a qualidade de vida da população. Em seguida, o vereador falou sobre sua visita a uma empresa na cidade de Santos que desenvolveu uma ferramenta colaborativa para a solução de problemas da gestão pública, com a participação da população, através do aplicativo denominado “Acto”. Pessini apresentou um vídeo explicativo sobre a nova tecnologia.

Palestras

A coordenadora Geral do Smart Campus FACENS, a palestrante Regiane Relva Romano, doutora em Administração de Empresas pela FGV-SP e mestre em Informática pela PUC-CAMPINAS, falou sobre a revolução digital, seu impacto em todos os segmentos da sociedade e a necessidade de renovação do poder público e privado para se adequarem à essa inovação. Também apresentou o conceito de “Smart Cities” que deve colocar as pessoas no centro do desenvolvimento, incorporando as tecnologias na gestão urbana, favorecendo o desenvolvimento integrado e sustentável e criando soluções para a comunidade em todas as áreas, como mobilidade, habitação, saúde e coleta de lixo. A palestrante exemplificou a aplicação de diversos serviços inteligentes já existentes ao redor do mundo. Também falou sobre a cartilha desenvolvida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) sobre Cidades Inteligentes, que cita o Smart Campus da FACENS.

Em seguida, o especialista em tecnologias cognitivas e em cidades inteligentes, Daniel Merege, que é mestre em Engenharia de Computação pela Universidade de São Paulo (USP), também falou sobre as cidades inteligentes e a revolução digital, dando novos exemplos de aplicações de tecnologias na Espanha e nos Estados Unidos e na cidade de Dubai, que adotou um programa com o objetivo de se tornar a cidade mais feliz do mundo em 2021. “Como trazer essa realidade para o Brasil? Qual o caminho de uma cidade que não tem nada de inteligente se tornar uma cidade inteligente?, questionou. Segundo o palestrante, a resposta passa por três etapas: Cidade Digital, Cidade Inteligente e Cidade Cognitiva. Também citou fundamentos para tornar as tecnologias viáveis nas cidades inteligentes: conhecimento profundo das necessidades da população; visão tecnológica de futuro; políticas públicas para o desenvolvimento tecnológico e investimentos em tecnologias urbanas.

Sorocaba

Após as palestras, a secretária de Planejamento e Projetos, Mirian Zacareli, falou sobre os projetos desenvolvidos em Sorocaba pela Prefeitura e as diretrizes do atual governo. A secretária destacou que Sorocaba subiu no ranking de urbanização passando no último ano do 60º para o 40º lugar entre as cidades mais inteligentes do país. Disse ainda que a cidade foi a terceira escolhida no Brasil, junto com Curitiba e Belo Horizonte, para participar do programa “Fab City” – projeto global lançado em 2011 para desenvolver cidades autossuficientes, localmente produtivas e globalmente conectadas.

Mirian Zacareli anunciou que será aberto no portal da Prefeitura na internet um canal de participação dos cidadãos, onde os munícipes poderão apresentar sugestões de soluções para os bairros e para o Município. Já o vereador Hudson Pessini falou sua intenção, através de parcerias e com base nos exemplos já existentes, de tornar o prédio da Câmara Municipal de Sorocaba em um prédio inteligente. E, em nome do Parque Tecnológico, Flávio Guerhardt, disse que, através de um programa que integra as universidades da cidade, estão sendo devolvidos cinco aplicativos: um deles para gerenciar a agenda dos médicos nas UBSs; outro para avisar os munícipes da proximidade das consultas médicas; um terceiro para gerenciar a súmula esportiva do Município; mais um sobre o orçamento participativo, por meio virtual; e o último sobre a manutenção de prédios públicos.

Em seguida, a vereadora Iara Bernardi (PT), falou sobre a importância de o Município investir em tecnologia, em parceria com as universidades, destacando que Sorocaba precisa acelerar o processo, lembrando que para a aplicação dos projetos de tecnologia é preciso que haja melhorias nos serviços públicos. “Para a aplicação de um aplicativo que acompanhe os trabalhos dos médicos nas unidades, é preciso que tenha médico nas UBSs. As políticas públicas não acompanham. Precisamos acelerar, bastante”, afirmou.

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