26 de Abril de 2024
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Menos de 5% das escolas estaduais de São Paulo reabriram; secretário visitou Sorocaba

Reprodução / Facebook
Postado em: 08/09/2020

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IPA Online, com informações da Folhapress

Apenas 200 das mais de 5.500 escolas da rede estadual de São Paulo reabriram nesta terça (8), primeiro dia que estavam autorizadas a retomar as atividades presenciais. Pela manhã, o secretário estadual da Educação Rossieli Soares acompanhou o retorno das atividades na Escola Estadual Professora Ana Cecília Martins, em Sorocaba. A cidade foi uma das 128 do Estado que optaram pelo retorno. 

Neste primeiro dia, os alunos participaram de rodas de conversa, atividades esportivas e contribuíram com o planejamento das atividades de acolhimento que vão abranger os demais estudantes da unidade. "Nesta volta opcional, nosso foco e cuidado maior são com os alunos que mais precisam. Nosso olhar está muito voltado para o aspecto socioemocional. É absolutamente primordial cuidarmos também dos nossos servidores e professores. A rede deve estar voltada a cumprir todos os protocolos de saúde e de segurança. E isto é um dever de todos nós: equipes gestoras, escola e família. Desta forma, com serenidade, conseguiremos ter a segurança necessária para reabrirmos gradativamente as nossas escolas", afirma o secretário Rossieli Soares. 

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, a reabertura das escolas só foi liberada em 128 dos 645 municípios paulistas –menos de 20%. No entanto, a proporção de unidades que optou pela retomada foi ainda menor, cerca de 3,6% de toda a rede.

O número de alunos que frequentou as 200 escolas abertas não foi informado. Pela regra estabelecida pelo governo, as unidades estaduais podem receber, no máximo, 20% dos estudantes por dia.

A baixa adesão ao cronograma previsto pelo estado é vista com com preocupação pela equipe do governador João Doria (PSDB), já que o desalinhamento mostra falta de confiança na análise do centro de contingência do coronavírus em São Paulo.

Pelo plano de Doria, cidades que estivessem há pelo menos 28 dias na fase amarela –a terceira na escala de cinco gradações da quarentena– poderiam abrir as instituições de ensino públicas e privadas para atividades presenciais de reforço e acolhimento dos estudantes a partir desta terça. A previsão é de que as aulas regulares sejam retomadas em 7 de outubro.

As maiores cidades do estado, no entanto, optaram por não seguir o cronograma. Como foi anunciado na capital paulista, cidades do ABC, da região de Campinas e da Baixada Santista.

Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) decidiu por não reabrir as escolas nesta data depois de um inquérito sorológico com estudantes da rede municipal indicar que cerca de 20% já foram infectados e que quase 70% desses casos foram assintomáticos. Para a prefeitura, haveria o risco de que os alunos se tornassem vetores de contaminação.

Em outras cidades, como os municípios do ABC e Limeira, as prefeituras fizeram uma consulta aos pais e, depois de identificarem que a maioria não se sentia confortável com a reabertura das escolas, anunciaram que as presenciais só devem voltar em 2021.

Questionada sobre o nome das 128 cidades que liberaram a reabertura das escolas e em que região do estado estão, a secretaria não informou.

Para Celso Napolitano, presidente da Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), a baixa adesão das cidades e escolas demonstra a insegurança no plano apresentado pelo governo estadual.

"As famílias, os professores, os diretores das escolas estão todos inseguros com o plano apresentado, com as medidas de segurança apresentadas até agora".

A proposta de que as atividades nesse primeiro mês sejam voltadas apenas para o acolhimento e reforço escolar dos alunos não incentiva a reabertura, segundo Napolitano.

"As escolas não querem arriscar, colocar seus alunos e professores em risco, para uma atividade que não foi bem desenhada, pensada. Não é para dar aula, mas não está claro como será esse reforço para uma minoria dos estudantes, quando a maioria deles teve dificuldade em acompanhar as atividades remotas".

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