Márcio França (PSB), pré-candidato ao governo de São Paulo, criticou o ex-governador João Doria e afirmou que ele mostrou "sua inexperiência" durante o cargo e se "apavorou" durante gestão de combate à pandemia, o que levou ao aumento de impostos no estado. Ele também defendeu a chapa Lula-Alckmin para as eleições presidenciais deste ano. Além disso, Ele opinou que Tarcísio de Freitas "está começando a trair Bolsonaro".
França foi governador de São Paulo entre os anos 2018 e 2019, deputado federal prefeito de São Vicente e secretário Estadual de Esportes.
França falou à Jovem Pan Sorocaba nesta quinta-feira (2).
"Fizeram tudo errado. São Paulo vai voltar a liderar o Brasil. Vamos chegar os quatro muito próximos da linha da chegada [Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB), Rodrigo Garcia (PSDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), todos candidatos ao governo de SP]. Me deem a chance de ir para o segundo turno e ninguém ganha da gente", afirmou.
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Opinião sobre Gestão Doria
Sobre João Doria, França disparou que "nos últimos quatro anos, talvez essa inexperiência do Doria com o fato de que ele queria aparecer fez de aparecer e ser muito rápido, fez ele acomodar o ponteiro de São Paulo com o Brasil. Bateu boca com Bolsonaro na questão de vacina, ficou no abre e fecha por causa da pandemia. Ao mesmo tempo, se apavorou com a situação da pandemia e aumentou os impostos. São Paulo, que deveria servir de alavanca para o Brasil, serviu de mau exemplo", afirmou.
"Estamos no limite de crise bem grave, precisamos gerar emprego bem rápido. E o governo de São Paulo aumentando impostos. Aumentou pedágio, IPVA, tirou isenção do ICMS para os PCDs para compra de carros. Inacreditável. Eles reduziram um único imposto. Doria reduziu um único imposto. Que foi o imposto de combustível de avião. Perguntaram o por quê e ele disse que "todo mundo anda de avião e iriam criar linhas de avião para todos os lados de SP", disse.
Segundo França, Doria está preparando um retorno como possível candidato novamente, após desistir de sua candidatura à Presidência nas eleições deste ano. "É uma insensibilidade absoluta. Ele está pagando um preço duro por isso. Está sendo esquecido para a história. Mas, está fazendo uma operação Kinder Ovo. Você compra o chocolate, quando abrir sai o candidato lá de dentro. Uma surpresinha de novo. Uma surpresinha que não serve para nada", opinou.
Lula-Alckmin
Para França, o ex-governador Geraldo Alckmin, que hoje é seu colega de partido pelo PSB, escolheu o "lado mais democrático" ao formar chapa com o ex-presidente Lula (PT) para as eleições presidenciais. "Hoje, percebemos que, claramente, só existem dois pontos disputando a eleição. O Alckmin escolheu o campo democrático. Bolsonaro ficava brincando com a história de democracia ou não-democracia, não havia outro campo para Alckmin tentar ajudar".
Tarcísio de Freitas afastando-se de Bolsonaro?
Questionado sobre se participará de debates eleitorais, França confirmou sua presença e destacou que "debate é o que ele mais gosta".
Conforme França foi elencando seus adversários, ele mencionou Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL). "O candidato do Bolsonaro já está começando a traí-lo, falando que não é muito Bolsonaro", disse sorrindo.
Pré-candidato ao governo de SP
França declarou estar disposto a ser novamente governador. "Chega a uma certa época da vida, estou com 58 anos, dois netos. Sinto-me com disposição o suficiente para fazer São Paulo voltar a ser o carro-chefe do Brasil", disse.
"Tive 10 milhões de votos na última eleição. Perdi a eleição em 1% para o Doria. Na minha visão, Doria foi mal. Então, talvez, a população pense em me dar uma chance", disse.
França disse acreditar que tem mais chances de atrair o eleitorado conservador.
"Emergência é as pessoas voltarem a ter trabalho. Gerar esperança. Estamos com tantas pessoas desesperadas e sem esperança, que isso afetou o psicológico delas. As crianças estão brigando nas escolas. Estamos de novo com a pandemia. Em vez de produzirmos a vacina, temos um dos melhores institutos do mundo de produção de imunizantes, e ainda assim continuaram importando", afirmou.