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Em primeiro discurso como presidente, Bolsonaro pede pacto e acena à base

Postado em: 01/01/2019

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FOLHAPRESS

Em seu primeiro discurso como presidente, já empossado, Jair Bolsonaro (PSL) pregou um pacto com a sociedade e fez acenos à sua base eleitoral, ao pregar contra ideologia.
Bolsonaro também pregou união, reconstrução do país, compromisso com uma sociedade sem discriminação e falou em revigorar a democracia.

“Esses desafios só serão resolvidos mediante um verdadeiro pacto nacional entre a sociedade e os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário na busca de novos caminhos para um novo Brasil. Uma de minhas prioridades é proteger e revigorar a democracia brasileira trabalhando arduamente para que ela deixe de ser apenas uma promessa formal e distante e passe a ser um componente substancial e tangível da vida política brasileira com respeito ao Estado Democrático”, disse.

“A construção de uma nação mais justa e desenvolvida requer a ruptura com práticas que se mostram nefastas para todos nós, maculando a classe política e atrasando o progresso”, afirmou o presidente.

“A irresponsabilidade nos conduziu à maior crise ética, moral e econômica de nossa história. Hoje começamos um trabalho árduo para que o Brasil inicie um novo capítulo de sua história. Um capítulo no qual o Brasil será visto como um país forte, pujante, confiante e ousado.”

“Reafirmo meu compromisso de construir uma sociedade sem discriminação e divisão”, disse. Também falou em partilhar o poder com estados e municípios.
“Montamos nossa equipe de forma técnica, sem o tradicional viés político, que tornou o estado ineficiente e corrupto”, afirmou.

Bolsonaro falou por dez minutos em cerimônia no Congresso Nacional, após assinar o termo de posse. Seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), também foi empossado. Ambos juraram cumprir a Constituição e as leis.

O presidente começou agradecendo a Deus por estar vivo, após ter sofrido um ataque a faca durante campanha em Juiz de Fora (MG).

“Minha campanha eleitoral atendeu ao chamado das ruas e forjou o compromisso de colocar o Brasil acima de tudo, e Deus acima de todos. Por isso, quando os inimigos da pátria, da ordem e da liberdade, tentaram por fim a minha vida, milhões de brasileiros foram às ruas. Uma campanha eleitoral transformou-se em um movimento cívico. Cobriu-se de verde e amarelo, tornou-se espontâneo, forte e indestrutível, e nos trouxe até aqui.”

Terminou repetindo o bordão: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. “Trabalharei incansavelmente para que o Brasil se encontre com o seu destino e se torne a grande nação que todos queremos.”

ACENOS

No discurso, Bolsonaro pregou contra a ideologia, colocando-a ao lado de outras mazelas, como corrupção e criminalidade.

“Aproveito este momento solene e convoco cada um dos congressistas para me ajudar na missão de restaurar e de reerguer nossa pátria, libertando-a definitivamente do julgo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica.”

“Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossas tradições judaico-cristãs. Combater a ideologia de gênero, conservando os nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas”, completou.

Ao falar em educação, pregou que as escolas preparem os filhos “para o mercado de trabalho e não para a militância política”. Já em relação ao comércio exterior, prometeu não ter viés ideológico.

Também defendeu a posse de armas. “O cidadão de bem merece dispor de meios para se defender, respeitando o referendo de 2005 quando optou nas urnas pelo direito à legítima defesa”, disse.

O presidente defendeu ainda as Forças Armadas e os policiais. “Contamos com o apoio do Congresso Nacional para dar o respaldo jurídico para os policiais realizarem o seu trabalho. Eles merecem e devem ser respeitados”, afirmou.

ECONOMIA

Bolsonaro prometeu que o país não gastará mais do que arrecada e que fará reformas, mas não mencionou a Previdência.

“Realizaremos reformas estruturantes que serão essenciais para a saúde financeira e sustentabilidade das contas públicas”, afirmou.

“Na economia traremos a marca da confiança, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência. […] As regras, os contratos e as propriedades serão respeitadas.”

O presidente disse que o setor agropecuário terá harmonia com a preservação do meio ambiente e que o setor produtivo como um todo será mais eficiente com menos regulamentação e burocracia.

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