Folhapress
Em mais uma etapa marcada por protestos antirracistas, o piloto inglês Lewis Hamilton, da equipe Mercedes, venceu neste domingo (12) o GP de Estiria, na Áustria. O finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes, e Max Verstapen, da Red Bull, completaram o pódio.
Enquanto Hamilton dominou a prova do começo ao fim, Verstapen e Bottas protagonizaram uma disputa emocionante nas últimas voltas do circuito de Spilberg. No fim, Bottas levou a melhor para garantir a dobradinha da Mercedes.
A corrida também ficou marcada por atritos entre os dois pilotos da Ferrari, Sebastian Vettel e Charles Leclerc, que abandonaram a segunda corrida da temporada no começo, e por protestos contra racismo.
Dos 16 pilotos que foram mostrados no grid, 4 ficaram em pé, o holandês Max Verstapen, da Red Bull, o monegasco Charles Leclrerc, da Ferrari, o finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo, e o russo Daniil Kvyat, da AlphaTauri. O restante se ajoelhou -uma atitude associada aos protestos antirracistas que vêm acontecendo por todo o mundo.
O gesto tem se repetido em várias manifestações pelo mundo desencadeadas pela morte do americano George Floyd, um homem negro que morreu assassinado por um policial branco que se ajoelhou sobre o seu pescoço em Minneapolis, nos EUA, no dia 25 de maio.
Neste domingo a geração de imagens da F-1, que mostrava alguns pilotos de pé, cortou rapidamente o protesto do grid e passou a exibir um espetáculo de skydivng da equipe Red Bull sobre o autódromo.
Todos os pilotos usavam camisetas pretas com a inscrição "End racism" ("encerre o racismo"), com exceção de Lewis Hamilton, que utilizou uma camisa preta com o texto "Black Lives Matter" ("vidas negras importam").
Na primeira prova da temporada, que começou somente no último domingo devido à pandemia de Covid-19, seis pilotos não se ajoelharam, o que gerou descontentamento por parte de Lewis Hamilton, que lidera os protestos na F-1.
Naquela ocasião, Verstapen, Leclrerc, Raikkonen e Kvyat também não se ajoelharam, assim como o italiano Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) e o espanhol Carlos Sainz (McLaren).
Logo na segunda curva, a má fase da Ferrari ficou escancarada. Leclerc colidiu com o carro de seu companheiro de equipe, o alemão Sebastian Vettel, na curva mais fechada de Spielberg. O último levou a pior e abandonou a prova logo em seguida, enquanto o monegasco tentou continuar, mas também teve de deixar a prova depois da relargada. A roda traseira de Leclerc atingiu a asa da Ferrari de Vettel.
O clima ruim foi abafado pelas declarações dos dois pilotos, principalmente a do monegasco, que pediu desculpas. "A culpa foi minha, sou o único culpado, Seb não teve culpa. Fico chateado porque a equipe trabalhou bastante e eu joguei todo esse esforço no lixo. Pedi desculpas para ele [Vettel]", afirmou Leclerc.