O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba, Salatiel Hergesel, alertou o cidadão sorocabano de que: “é bom nem procurar o serviço público” durante a Greve Geral prevista para a próxima sexta-feira (14). A afirmação foi feita durante entrevista a Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema, nesta manhã de quarta-feira (12).
A Greve Geral começa à zero hora de sexta e durará até as 23h59 do mesmo dia e tem como intuito protestar contra a Reforma da Previdência, cortes na área da Educação, desemprego e o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo Salatiel, as escolas municipais e Unidades Básicas de Saúde não funcionarão nesta data, pois os servidores participarão do ato da paralisação. “É bom [o cidadão] voltar a procurar serviço público só na segunda-feira”, disse. Apenas serviços de emergência (UPHs), Guarda Civil Municipal e mínimo de servidores do Saae estarão ativos.
Ônibus
Outro serviço que deve ficar 100% paralisado, não só em Sorocaba, mas em toda as cidades próximas, é a de transporte público, de acordo com Marcílio Garcia, do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região. A Prefeitura e a Urbes informaram à redação que “estudam conjuntamente as medidas a serem adotadas para tentar amenizar os efeitos da eventual paralisação. As concessionárias de transporte serão comunicadas pela Urbes para evitarem a paralisação, ficando sujeitas a sofrerem a aplicação de penalidades, caso descumpram a legislação vigente”.
Devem participar do Ato Público de sexta-feira professores de escolas públicas, bancários, trabalhadores do transporte (como motoristas de ônibus), servidores municipais e estaduais de todos os tipos de função, metalúrgicos e trabalhadores da área industrial, além de estudantes.
Marcha durante o ato
Às 10 horas de sexta-feira todos os manifestantes devem se concentrar na praça Coronel Fernando Prestes. No início da manhã, o grupo formado para executar o protesto, chamado de “Frente em Defesa da Aposentadoria”, organizou três pontos de concentração de saída para marchar até o Centro de Sorocaba, causando lentidão no tráfego de veículos nestas regiões, sendo eles:
8 horas – marcha a partir do “Sukão”, na avenida Itavuvu, rumo ao centro da cidade.
8 horas – concentração na rua Maranhão, 130 – bairro Santa Terezinha – organizada pelos professores estaduais da Apeoesp (Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo)
9 horas – concentração de estudantes na praça Frei Baraúna.
A Urbes – Trânsito e Transportes informou que, quando manifestações percorrem vias destinadas ao tráfego de veículos, os agentes de trânsito acompanham o ato estabelecendo desvios e orientado os motoristas, conforme a movimentação e itinerário dos manifestantes.
Paralisação e outros serviços afetados
A paralisação que ocorrerá durante a Greve Geral, prevista para ocorrer na próxima sexta-feira (14), deve ocorrer de forma total. O Ato Público acontece em todo o país e durará 24 horas.
Agência bancária
O Ipa Online entrou em contato com o sindicato dos Bancários e o mesmo informou que organizou um cronograma para convocar, na data, a participação dos trabalhadores da categoria para participar do ato que ocorre na praça Coronel Fernando Prestes e reunirá todos os sindicatos envolvidos com a Greve Geral, às 10 horas, entretanto não informou se a ação prejudicará o atendimento nas agências bancárias.
Escolas estaduais
Professores de escolas estaduais, segundo a Apeoesp, que representa a categoria, farão passeata durante a manhã de sexta, o que pode culminar no cancelamento das aulas em algumas unidades.
Greve Geral contra a Reforma da Previdência
O Ato Público tem como objetivo mostrar aos deputados federais e senadores a rejeição da população à reforma da Previdência que está em tramitação no Congresso Nacional e “que acaba com o sistema público de previdência no Brasil ao propor a implantação do sistema de capitalização e a adoção de regras de acesso à aposentadoria não condizentes com a realidade social, econômica e de trabalho da população brasileira”.
Para as centrais sindicais, o sistema de capitalização significa “o fim do direito à aposentadoria. O sistema de capitalização já foi experimentado em 30 países no mundo e não trouxe resultados positivos para a população. Dos 30 países que o adotaram, 18 já reverteram para a previdência pública parcial ou integralmente e nos outros que ainda possuem esse sistema a realidade é nefasta, com muitos idosos em situação miserável ou recebendo abaixo do salário mínimo”.
A Greve Geral, segundo a Frente em Defesa da Aposentadoria, também “é um protesto contra o alto índice de desemprego e a falta de projeto político para reverter essa situação danosa e contra os cortes de verbas na Educação feitos pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), que atingem da creche à pesquisa científica, e que irão levar ao fechamento de centenas de cursos, universidades e institutos públicas federais em todo o país, assim como à desconstrução do setor de pesquisa brasileiro”.