A Prefeitura de Votorantim, por meio da Secretaria de Educação, iniciou segunda-feira (7) o trabalho de reforço escolar nas escolas municipais de Ensino Fundamental. As aulas terão duração de duas horas diárias. O número de dias que os estudantes irão para a instituição de ensino dependerá da adesão dos pais ou responsáveis, em cada unidade escolar.
O projeto de reforço escolar será conduzido por 65 professores em 25 escolas municipais. Os profissionais atuarão com turmas reduzidas de alunos atendendo aos protocolos sanitários relacionados à pandemia da Covid-19.
Com essa medida, a Prefeitura de Votorantim prepara o retorno gradativo das aulas presenciais nas instituições de ensino municipais da cidade. O trabalho será voltado aos estudantes do 3º ao 5º anos do Ensino Fundamental, durante o contraturno das aulas. O projeto visa recuperar presencialmente a aprendizagem dos alunos sem aulas regulares desde março de 2020.
O reforço escolar presencial não é obrigatório. A decisão caberá aos pais ou responsáveis pelos estudantes.
Uma das instituições de ensino com reforço escolar em Votorantim é a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIEF) Lucinda Rodrigues Pereira Ignacio, no Parque Morumbi. Em uma sala de aula, durante a manhã, quatro crianças receberam de uma professora aulas de Matemática e Português.
O pedreiro Diego Fernandes da Rocha, 33 anos, mora no Parque Bela Vista e levou durante a manhã os dois filhos à escola. As crianças de 8 e 9 anos de idade participaram juntos da aula de reforço. "Tomamos essa decisão porque eles estão há mais de um ano em casa e o aprendizado deles está bem atrasado", comenta.
Segundo Diego, os filhos participam das aulas remotas ministradas pelos professores. Uma criança utiliza um computador e outra um smartphone. "Mas em casa eles não aprendem muito. Eu trabalho e não consigo ficar em cima deles", relata.
A dona de casa Aline Lima Santos, 33, também levou o filho de 9 anos à aula de reforço. "Longe da escola, é preciso ficar no pé dele para ele estudar", conta.
Na sala de aula, os alunos ficaram distantes uns dos outros e todos usaram máscara de proteção facial, incluindo a professora. Vale ressaltar que o limite máximo será de 35% do número total de estudantes. A porta da sala de aula permaneceu aberta, para a circulação do ar, e álcool em gel foi disponibilizado aos estudantes.
As crianças também receberam achocolatado e bolachas. A alimentação ocorreu no pátio da escola.
Logo na entrada da escola, tanto os pais dos alunos quanto as crianças tiveram a temperatura corporal aferida por um funcionário da escola. Eles também tiveram de passar por um tapete sanitizante para higienizar as solas dos calçados. No chão, adesivos foram colocados para mostrar a importância do distanciamento social.
Na semana passada, os professores fizeram o planejamento do trabalho junto aos diretores e coordenadores de suas respectivas unidades. Tanto na terça-feira (1) quanto na quarta-feira (2), os educadores estiveram se preparando para o início das aulas. Os profissionais fizeram sondagens, atividades e a organização do espaço nas respectivas unidades.
Na sexta-feira (4), os professores fizeram um encontro de formação com a Secretaria de Educação. O objetivo é alinhar a proposta pedagógica.