Por Vanderlei Testa
Durante cinco anos convivi com o pai Attílio Carmignani no Rotary Clube de Sorocaba Leste. Ele, dentista na av. Nogueira Padilha, em frente à Igreja do Bom Jesus, reuniu muitos amigos em sua convivência no transcorrer de sua existência entre nós. Era um ser humano sensível às necessidades do próximo. Vivia dando exemplos e testemunho de um verdadeiro bom samaritano.
Seu legado em família teve continuidade no filho Attílio Graco Carmignani, que passou sua infância ao lado do pai no consultório e, na juventude, seguiu a carreira na Polícia Militar. Attílio chegou à patente de coronel com os méritos de um soldado que amava a
sua missão.
Em 2018, participei da missa pascal dos militares e lá estava o Attílio, em oração
com os seus colegas da Polícia Militar. Attílio conheceu a Márcia Cristina Gâmbaro Esquierdo no bairro Além Ponte. Do namoro ao noivado, sempre existiu um amor que se concretizou no sacramento do matrimônio no dia 4 de dezembro de 1992. O nascimento do filho Angelo formou a família Carmignani.
Attílio adorava crianças. Os seus sobrinhos e o filho o deixavam sempre feliz em brincar e conversar com eles. A família se reunia em comemorações. Estive presente em várias delas nos aniversários da avó Clarinha Gâmbaro.
Neste início de fevereiro, aos 53 anos de idade, em sua plenitude de trabalho e vida, o coronel Attílio nos deixou para estar prematuramente com o seu pai no paraíso. Aquele abraço gostoso que recebia em criança o acolheu junto aos seus entes queridos.
A despedida do Attílio pegou seus familiares e amigos de surpresa, justamente numa fase de vida onde mais curtia o sucesso do filho na engenharia. A saudade no coração da Márcia e do filho Angelo agora está manifesta na missa de 7º dia a ser celebrada neste dia 9 de fevereiro às 18 horas, na Igreja do Bom Jesus.
Attílio era tímido e, na sua quietude e silêncio, manifestava a fidelidade de uma amizade sincera aos seus soldados e amigos.
O Attílio enfrentou o bom combate com dignidade de um lutador como foi São Paulo, capitão do exército romano e um modelo de cristão. Attílio foi para junto dos vitoriosos em fazer o bem e que nunca desanimaram de lutar pela vida.
Quando o via com sua postura de olhar sempre atento, carregando a sua inseparável bolsa a tiracolo, enxergava ali a imagem do policial pronto para agir a qualquer momento em prol do próximo.
A triste tarde do domingo, 3 de fevereiro, em Sorocaba, o levou à sua trajetória final. Lá no retiro onde recebi a notícia, senti que o Attílio deixou o céu feliz com a sua presença. E como aquele navio que sai do porto e segue mar adentro, desaparecendo no horizonte, Attílio navegou mansamente na paz e no amor ao seu destino final com o dever cumprido de filho, marido, pai, amigo e profissional competente.
Vá em paz, coronel!
Vanderlei Testa é jornalista e publicitário
vanderleitesta.ipa@gmail.com