O projeto de reforma administrativa desejada pela prefeita Jaqueline Coutinho (PDT) foi aprovado pelos vereadores, em sessão extraordinária, em primeira discussão.
A votação ocorreu durante a manhã desta segunda-feira (16). O projeto, que chegou a ter três versões e foi protocolado na Casa Legislativa por três vezes, foi alvo de reclamações e defendido pelos parlamentares.
Por fim, necessitando de maioria simples para que fosse aprovado, a reforma teve 16 votos a favor e 3 contra. O vereador Helio Brasileiro (MDB) esteve ausente da sessão. Os votos contrários são de Cíntia de Almeida, Rodrigo Manga e Vitão do Cachorrão.
Durante uso da tribuna, a vereadora Cíntia de Almeida (MDB) reclamou que o projeto foi discutido em plenário sem o parecer das Comissões de Justiça e de Economia e Finanças. "Esta reforma, de acordo com nossos cálculos, custarão R$ 990 mil a mais por ano, de
acordo com essas [criações de cargos com] gratificações", pontuou ela afirmando que há erros na planilha de economia criada pelo Executivo.
Rodrigo Manga (DEM) foi contra o projeto, por dizer que aumentaria gastos aos cofres públicos com a criação de cargos, que teriam custos de R$ 1 milhão anual. "O anúncio que foi feito é mentiroso. Não vai ter economia. É a terceira vez que protocola. O primeiro
[projeto] aumentava a despesa, o segundo também e o terceiro também [...]. Não se joga um projeto dessa envergadura para ser aprovado no folgadilho", reclamou. "Ela tá tirando quatro cargos de secretários e criando oito de R$ 1 milhão".
Manga reclamou que "há erros de matemática, multiplicação" no texto da reforma. "Peço que retire o projeto para que seja corrigido".
Já José Francisco Martinez (PSDB), líder do governo, contrariou o argumento de Manga e defendeu o projeto de Jaqueline. "Quantas vezes fomos no Paço [para reunião sobre o projeto] e o senhor não foi? Você lutou tanto para que Jaqueline fosse prefeita e agora
não vai apoiar ela?", questionou. "Quer que eu arranque? Arranco já. Posso fazer essa emenda em nome da prefeita", mencionou o vereador tucano falando sobre os 8 cargos.
Irineu Toledo (PRB), então lider do governo Crespo, e Péricles Régis defenderam o projeto.
Fernanda Garcia (PSOL) reclamou que o projeto foi protocolado na Câmara de forma rápida e sem tempo para estudo.
Anselmo Neto, também do PSDB, criticou os colegas de Casa que disseram não ter tido tempo de estudar o projeto. "Quando foi de Crespo. Tiveram tempo. E, dessa vez, eles dizem que não?", exclamou. "Quando eles têm vantagem eles são a favor", continuou.
Veja