A Polícia Civil informou em entrevista coletiva, concedida nesta quinta-feira (21), na sede da 7ª Delegacia Seccional da Capital, que segue investigando as causas da morte de uma menina de três anos. A criança veio a óbito no último dia 19, após dar entrada em um hospital da zona leste da Capital com sinais de maus tratos.
"No dia 5 deste mês, por volta das 16h, foi noticiado pela assistência social do Hospital Municipal Tide Setúbal, a internação de uma criança com sinais de agressão física. Ela estava acompanhada pela mãe. Desta forma, fomos imediatamente a campo”, conta o delegado Sidney Ricardo Grilli, do 22º DP (São Miguel Paulista).
Na ocasião, os policiais estiveram na unidade hospitalar, conversaram com a mãe e acionaram de imediato o Conselho Tutelar, que passou a acompanhar a criança.
“Nós, juntamente do Conselho, encaminhamos a criança ao IML para realização de exame de corpo de delito para o laudo pericial”, relata Grilli.
Desdobramento
De acordo com a mãe, a criança recebeu alta do Hospital Tide Setúbal na noite do dia (18). Na terça-feira (19), porém, policiais militares foram acionados por médicos do Hospital Planalto, informando o óbito da criança. Na saída do hospital, o casal foi abordado pela Polícia Militar e encaminhado à 7ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).
A partir do óbito da menina, os agentes passaram a apurar o ocorrido. Os trabalhos apontam para indícios de participação do casal na morte da criança, ocasionando na solicitação da prisão temporária por 30 dias, concedida pela Justiça.
“No dia 19 ela foi levada a um hospital que é mais longe da residência deles. É um indício de que o casal não queria ser investigado por possíveis agressões, pois sabiam que no Tide Setúbal os funcionários já estavam cientes da ocorrência anterior”, relata o delegado Sidney.
A Polícia Civil também investiga o fato de que a criança teria voltado à casa da mãe e do padrasto após a alta hospitalar do dia 18, sendo que a Justiça havia determinado que ela ficasse sob os cuidados de sua avó materna de forma provisória. "A investigação prossegue para apurar a conduta e a motivação do crime”, finalizou o Dr. Jorge Carlos Carrasco, delegado da 7ª seccional.