Fábio Zanini, FOLHAPRESS
Movimentos sociais que compõem a campanha denominada Fora, Bolsonaro, responsável por organizar manifestações de rua pelo impeachment de Jair Bolsonaro (PL) em 2021, marcaram para sexta-feira (22) uma reunião de emergência para discutir maneiras de reagir às novas falas golpistas do presidente.
A retomada de atos, que deixaram de acontecer devido à proximidade do período eleitoral e as diferentes visões que os grupos que fazem parte da campanha têm sobre a disputa, será objeto de discussão no encontro.
Em evento com embaixadores nesta segunda-feira (18), Bolsonaro reciclou mentiras e teorias da conspiração, além de fazer ataques a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ele foi criticado por representantes do Judiciário, opositores, imprensa internacional, especialistas e entidades da sociedade civil. Especialistas em direito ouvidos pela Folha avaliam que, por suas falas, Bolsonaro poderia ser cassado ou sofrer o impeachment.
A Campanha Fora, Bolsonaro é composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, entre elas MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), UNE (União Nacional dos Estudantes), CMP (Central de Movimentos Populares) e Uneafro Brasil.
Partidos de esquerda como PT, PSOL e PC do B também integram a campanha.
"É preciso forte reação popular contra a tentativa de golpe, por eleições livres e democráticas", diz Raimundo Bomfim, coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares) e um dos líderes das marchas.