22 de Novembro de 2024
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Mais de 30 mil diabéticos são atendidos pela Prefeitura de Sorocaba

Foto: Agência Sorocaba
Postado em: 13/11/2020

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Neste sábado, dia 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. Em Sorocaba, 34.231 pacientes diabéticos estão cadastrados nas 32 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Desses pacientes, 11.037 são apenas pessoas com diabetes e 23.194 são cidadãos com diabetes e hipertensão. Do total, 8.705 são insulinodependentes, ou seja, pessoas que dependem de insulina para o tratamento da doença. Além disso, a Secretaria da Saúde (SES) também conta com endocrinologista e Ambulatório de Feridas Pé Diabético para casos mais complexos.

 

A pessoa que é diagnosticada com diabetes na rede SUS (Sistema Único de Saúde) em Sorocaba passa por uma consulta com o médico para avaliar sua classificação de risco e é direcionada ao Programa de Diabetes da UBS. Após a avaliação, o usuário entra num cronograma de consultas que varia entre consulta médica individual, ou coletiva, consulta de enfermagem individual, ou coletiva, e atendimento individual com o técnico de enfermagem.

 

Os pacientes insulinodependentes recebem gratuitamente o glicosímetro, tiras reagentes, lancetas e seringas. Já para os pacientes não insulinodependentes, esses podem retirar sua medicação na rede de farmácia popular da cidade.

 

As 44 equipes das Unidades Estratégia de Saúde da Família atuam em prol da comunidade em regiões estratégicas da cidade e contam com residentes das áreas de Educação Física, Fisioterapia e Nutrição. Através dessa equipe multiprofissional, pacientes diabéticos recebem orientações sobre atividades físicas e orientações nutricionais.

 

Para o endócrino e médico da rede pública, Antonio Roberto Maestrello, o diagnóstico precoce e tratamento adequado são de extrema importância para evitar as futuras complicações que a doença causa. “Os diabéticos podem ter complicações visuais, infarto, AVC, amputações de membros e, até mesmo, problemas renais”, alerta o especialista.

 

Maestrello também destaca que a atividade física é fundamental para um bom controle do diabetes e que a adesão ao tratamento é muito importante e precisa de um trabalho de parceria entre o paciente e seu médico.

 

O Ambulatório de Feridas e Pé Diabético

 

O Ambulatório de Feridas e Pé Diabético, situado na estrutura predial da Policlínica Municipal, oferece atendimento para 500 pacientes por mês com problemas nos pés, como feridas, calos, ressecamento, deformidades e lesões crônicas nas pernas. O setor também atua em parceria com o Programa Municipal de Hanseníase à assistência desses pacientes. Os atendimentos são realizados desde 2005 com equipe multiprofissional especializada aos pacientes SUS. É formada por uma enfermeira estomaterapeuta e profissionais das áreas de cirurgia vascular, dermatologia e cirurgia plástica. Além de técnicos e auxiliares de enfermagem, assistência social, fisioterapia, nutrição e podologia.

 

Os atendimentos no Ambulatório de Feridas e Pé Diabético são realizados de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, com os pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

 

A enfermeira estomaterapeuta TiSobest e encarregada pelo ambulatório, Uiara Kaizer, conta que a Federação Internacional de Diabetes fez um levantamento, e aproximadamente 425 milhões de adultos vivem com a doença e em 2045 serão 693 milhões. O Brasil ocupa o quarto lugar no mundo, com maior número de pessoas doentes.

 

“O grande problema é que a falta de conhecimento sobre a doença e seus sintomas, muitas vezes, passam despercebidos. Um dos problemas do diabetes alto é a neuropatia, que são os danos nos nervos periféricos das extremidades dos pés fazendo com que a pessoa com a doença deixe de sentir dor. Essa perda da sensibilidade é o que faz com que a pessoa se machuque e não sinta por conta de um calçado apertado, por exemplo. Essa situação causa uma ferida que pode evoluir para infecção e amputação”, explica.

 

A estimativa é de que a cada 20 segundos um membro inferior é perdido devido ao diabetes, em algum lugar no mundo. As consequências dessas feridas não se limitam apenas ao membro afetado, mas também à piora da qualidade de vida.

 

Uiara também esclarece que o diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não consegue mais produzir insulina, ou quando não consegue fazer o uso da insulina que o corpo produz. Isso aumenta os níveis de glicose no sangue e a longo prazo, causa danos no corpo e em vários órgãos e tecidos. “Temos que continuar na luta pela prevenção e diagnóstico precoce do diabetes e de suas complicações agudas e crônicas”, complementa.

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