22 de Novembro de 2024
Informação e Credibilidade para Sorocaba e Região.

Haddad lidera em SP, seguido por Rodrigo e Tarcísio empatados, diz Datafolha

Foto: reprodução
Postado em: 01/07/2022

Compartilhe esta notícia:

Igor Gielow, FOLHAPRESS


A virtual saída do ex-governador Márcio França (PSB) da disputa pelo Governo de São Paulo afunilou a corrida entre o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), que a lidera com 34%, e dois pré-candidatos mais à direita no espectro político: o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ambos com 13%.


Brancos e nulos somam 20% e os indecisos, 9%, um contingente saboroso para os postulantes ao Palácio dos Bandeirantes.


Os dados são do Datafolha, que entrevistou 1.806 eleitores de terça (28) a quinta-feira (30). Com uma margem de erro de dois pontos percentuais, a pesquisa, contratada pela Folha, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-02523/2022.


O instituto testou dois cenários, um sem e outro com França. Ele já disse a aliados que pode não disputar, e tal posição é considerada certa tanto por esses apoiadores como por adversários.


O motivo é o arranjo feito com o PT, que está aliado ao PSB na disputa federal com a chapa Luiz Inácio Lula da Silva-Geraldo Alckmin.


Haddad estimulou a presença de França no páreo na fase inicial da campanha por considerar que ele continha votos que poderiam migrar para o governador Rodrigo Garcia. Mas agora um palanque unificado serve mais aos desígnios do PT, e o ex-governador deverá tentar a vaga ao Senado.


Isso se consolidou nesta quinta (30), com a nova desistência do apresentador José Luiz Datena (PSC) em uma eleição. Fora da disputa pelo Senado, na mesma chapa de Tarcísio, o caminho se abre para França.


Abaixo do pelotão dianteiro da corrida está o grupo liderado por Gabriel Colombo (PCB, 3%), Felício Ramuth (PSD, 2%), Altino Junior (PSTU, 2%), Vinicius Poit (Novo, 1%), Elvis Cezar (PDT, 1%) e Abraham Weintraub (PMB, 1%), todos embolados na margem de erro.


Como Colombo e Cezar não estavam colocados na disputa na pesquisa anterior, feita em 5 e 6 de abril, os dados não são diretamente comparáveis entre os levantamentos.


Mas os números dos pré-candidatos à frente são de todo modo semelhantes, com oscilações positivas de dois pontos para Rodrigo e Tarcísio na margem de erro, e negativa em um ponto para Haddad.


Quando França ainda tem seu nome testado, o cenário muda um pouco. Haddad segue liderando, com 28%, seguido pelo ex-governador (16%), em empate técnico no limite da margem com Tarcísio (12%). Rodrigo, por sua vez, empata com o ex-ministro, marcando 10%.


Quando questionados sobre suas preferências entre os demais concorrentes, eleitores de França citam a seguinte distribuição: 30% por Haddad, 25% por Rodrigo e 20%, por Tarcísio.


Isso não é uma declaração de segunda opção de voto direta, mas sugere para onde irão os apoiadores do pessebista caso ele deixe mesmo a candidatura.


Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado não é informado dos nomes à mão, há estabilidade em relação a abril. Citam Haddad 6%, mesmo número que Tarcísio aufere. Rodrigo e França empatam em 2% e o grande vencedor é o indeciso: 72%, número algo superior aos 67% do levantamento anterior.


Isso se deve muito à dinâmica da campanha, que ainda não está em ritmo acelerado em termos de exposição pública. A tática é a preferida de Rodrigo, que gostaria de um maior enfrentamento apenas quando a propaganda na TV começar, no fim de agosto.


Rodrigo, egresso do antigo DEM no ano passado, está conciliando o governo com costuras de bastidor e apresentação nas bases por meio de lançamento de obras e contato do secretariado com prefeitos.


É uma forma de fugir da rejeição que seu ex-chefe, João Doria (PSDB), tinha pelo estado -o tucano deixou o cargo para buscar a candidatura presidencial, mas desistiu ao ser deixado a pé pelo partido.


Aqui e ali, toma medidas de olho em outubro, como o congelamento de tarifas de pedágio como forma de mitigar o aumento dos combustíveis. É um terreno que vem sendo explorado também por Tarcísio, o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa.


Ele tem enfrentado críticas de aliados bolsonaristas por esconder o padrinho na campanha, talvez temendo a rejeição que acompanha o mandatário máximo.


Em relação ao perfil do eleitorado, no cenário sem França, o petista lidera de forma homogênea. Tem vantagem mais ampla entre os jovens de 16 a 24 anos, 40%. Eles compõem 14% do eleitorado paulista.


Vai melhor na capital que governou de 2013 a 2016 (43%, num grupo equivalente a 28% da amostra) e entre funcionários públicos (45%, apenas 5% dos eleitores).


Já o voto declarado no governador e no ex-ministro indica que ambos disputam a mesma frequência do eleitorado, embora tenham uma intenção de voto também sem grandes disparidades entre segmentos.


Rodrigo tem melhor desempenho entre mais ricos (19% de intenção, 3% dos eleitores), funcionários públicos (19%) e empresários (23%, 3% da amostra).


Tarcísio vai melhor entre homens (18% de declaração de voto, grupo com 46% da amostra), quem tem ensino superior (18% num universo de 26% dos eleitores), quem ganha de 5 a 10 salários mínimos (19%, 9% da amostra) e os mais ricos (19%, 3% dos paulistas). Ele vai bem também entre empresários (26%), empatando com Haddad (28%) no grupo.


Vai consideravelmente pior, contudo, entre as mulheres: tem 9% de intenção de voto, algo que pode estar relacionado à maior rejeição de Bolsonaro nesse grupo, que em São Paulo compõe 54% do eleitorado.

Compartilhe:

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Adolescentes flagrados com 350 porções de drogas são liberados de delegacia após GCM detê-los

Casal é baleado perto da Raposo; uma das vítimas foi jogada no rio Sorocaba

Mulher de 41 anos é a primeira paciente com caso de reinfecção no estado de São Paulo

“O que eu quero”: palavras do Dani Sartori - veja a coluna semanal de Vanderlei Testa

Sorocaba está entre as três finalistas de prêmio "Cidades Excelentes de 2021", comemora Manga

PF indicia Aécio Neves por desvios na construção de sede do governo de Minas