O governador eleito Tarcísio de Freitas anunciou Guilherme Derrite para compor seu secretariado e assumir a pasta da Segurança Pública do Estado de São Paulo a partir de janeiro.
Derrite tem 38 anos, foi reeleito deputado federal por São Paulo em outubro, com 239.772 mil votos, aumentando em 101,4% seu eleitorado em relação à 2018. Em seu primeiro mandato, demonstrou-se um estudioso da segurança pública, aprovando projetos de lei importantes para avanço no combate à criminalidade. Ajudou na tipificação do estímulo ao suicídio como crime, independente do resultado morte e conseguiu atender a um antigo anseio da população, quando foi relator do projeto de lei - já aprovado pela Câmara - que acaba com as saídas temporárias de presos no Brasil.
Derrite é capitão da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com atuações no 14º BPM/M de Osasco e na Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), onde comandou pelotões. Em 2013, comandou o Pelotão de Força Tática do 49º Batalhão de Polícia Militar Metropolitana, em Pirituba, e coordenou o módulo específico do curso de formação de Soldados do Comando de Policiamento de Área Metropolitana 5, zona oeste da cidade de São Paulo (CPA/M5) até 2014. Já em 2015, comandou o Pelotão de Soldados em Formação na Escola Superior de Soldados e, no ano seguinte, em 2016, comandou o Posto de Bombeiros de Pirituba do 2º Grupamento de Bombeiros da Capital, onde ficou até 2017.
“De lá para cá, pude complementar minha experiência das ruas, onde combati o crime organizado, com muito estudo sobre as causas e efeitos da violência. Acredito que para dissuadir o crime precisamos encará-lo como uma atividade econômica e fazer com que ela deixe de compensar, realizando a asfixia financeira do crime organizado”, comenta o futuro secretário, que é estudioso de Gary Becker, economista estadunidense autor da Teoria Econômica do Crime.
O futuro responsável pela pasta da segurança é formado em Direito, pós-graduado em Direito Constitucional e em Ciências Jurídicas. Foi o responsável pelo plano de governo de Tarcísio, no tema Segurança Pública. No texto, ele apresenta propostas para corrigir pontos importantes da pasta, ressaltando que os paulistas se acostumaram à epidemia de roubos e à falta de integração entre municípios. Ele também ressalta a ineficiência governamental, que impede que os policiais possam agir de maneira eficiente. Descreve o uso de tecnologias e a integração das bases de dados de interesse policial disponíveis nos níveis federal, estadual e municipal, e diferentes poderes, no combate a todo tipo de atividade criminosa.
A solução para o combate ao crime organizado é descrita também com o uso de tecnologia, inteligência policial, uso de informações financeiras, além do fortalecimento da atividade de polícia investigativa e técnico-científica e aumento do efetivo policial.
“Acredito que possamos investir em apoio jurídico aos policiais, mapas inteligentes para orientar as corporações sobre os crimes e disponibilizar esse sistema à sociedade, proporcionando transparência e prestação de contas”, complementa Derrite.