Sempre quando falamos sobre cirurgias plásticas, citamos que a lipoaspiração e o implante mamário são os dois procedimentos mais realizados pelos brasileiros. No entanto, outro tipo de correção estética tem caído no gosto das pessoas: a blefaroplastia ou cirurgia de pálpebra.
A técnica faz parte dos mais de 430 mil procedimentos estéticos faciais que foram realizados no ano passado, sendo a principal escolha dos pacientes por ser considerada express pelos especialistas, já que é realizada sob anestesia local e sedação.
“Dessa forma, o paciente vai para casa no mesmo dia e tem uma recuperação mais rápida, somente utilizando medicamentos e compressas de chá de camomila ou soro gelado na região”, explica o cirurgião plástico Arthur Barros, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, do American Society of Plastic Surgery e da International Society of Plastic Surgery.
Uma das principais cirurgias de rejuvenescimento facial, a técnica passou por evoluções notáveis. Até pouco tempo, a opção mais comum era o reposicionamento da área inferior da pálpebra, que deixava o olhar mais arredondado, gerando mudanças muito acentuadas na expressão facial.
“Agora, é feito um pequeno corte na prega das pálpebras superiores e outro logo abaixo dos cílios ou conjuntival, nas pálpebras inferiores, retirando, assim, as bolsas e o excesso de pele da região”, enfatiza Arthur.
Segundo o especialista, ela é indicada quando o paciente possui aquele aspecto de cansaço permanente no rosto, ocasionado pela flacidez e pelas bolsas palpebrais, comuns com o avanço da idade.
“Mas a blefaroplastia também pode corrigir problemas de excesso de depósito de gordura nas pálpebras superiores; pele frouxa ou flacidez que cria dobras ou incomoda o contorno natural da pálpebra superior, às vezes prejudicando a visão; remoção do excesso de pele e de rugas finas na pálpebra inferior; bolsas sob os olhos e correção de queda das pálpebras inferiores”.
Apesar de tantos benefícios, principalmente, no que diz respeito ao rejuvenescimento facial, a cirurgia de pálpebra tem contraindicações que precisam ser respeitadas a fim de não resultar em outros problemas de saúde.
Para o especialista, é importante levar em conta o histórico médico de cada paciente. “A cirurgia está contra indicada em pacientes com doenças como hipertensão ou diabetes descompensados. E nos casos de glaucoma, olho seco e descolamento de retina, é necessária a liberação do oftalmologista. Nas doenças de tireoide, como a doença de Graves, também é importante cuidados especiais”.