Bernardo Caram, Folhapress
O presidente Jair Bolsonaro afirmou no sábado que (18) o pagamento do auxílio emergencial a informais tem ajudado a economia a funcionar. Ele pediu novamente que governadores e prefeitos abram o comércio nas cidades.
Em transmissão ao vivo em redes sociais, o presidente também afirmou que os pagamentos da assistência são inicialmente limitados a meios digitais por falta de papel-moeda no país.
O governo anunciou nesta semana o calendário de pagamento da quarta e da quinta parcelas do auxílio de R$ 600.
"São R$ 50 bilhões por mês e parte desse recurso tem que ser digital, não tem papel para todo mundo. Então atrasa um pouco, é feito de forma progressiva, mas estamos atendendo. Isso tem ajudado a economia a continuar com seus sinais vitais funcionando e a gente espera que os governadores e prefeitos comecem a abrir o comércio de forma responsável", afirmou.
"Estamos em uma pandemia que, no meu entender, mata muita gente, sim, mas não podemos esquecer que o desemprego e a queda da economia também levam à morte", disse.
O auxílio emergencial é pago a trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs), cuja renda foi reduzida durante as medidas de isolamento social para tentar conter a transmissão do novo coronavírus.
No fim do primeiro semestre, o governo vinha sendo pressionado pelo Congresso a prorrogar o benefício, que inicialmente foi aprovado para ter três parcelas.
A estratégia adotada foi estender o auxílio dois meses com o mesmo valor (R$ 600), sem precisar enviar um novo projeto para o Congresso –a aprovação legislativa seria necessária caso houvesse alteração no valor. A prorrogação foi feita por decreto.
No caso de mãe chefe de família o valor chega a R$ 1.200 por mês. Ao todo, o programa já atendeu cerca de 65 milhões de pessoas.
O Ministério da Cidadania publicou na sexta (17), no Diário Oficial da União, o calendário das parcelas restantes do auxílio emergencial, incluindo a quarta e a quinta.
Os novos pagamentos serão realizados em ciclos, obedecendo o mês em que o trabalhador recebeu a primeira parcela do benefício ou o período de inscrição no programa federal.
O valor será primeiro liberado no Caixa Tem para o pagamento de contas, de boletos e para realização de compras por meio de cartão de débito virtual ou QR Code. Os saques e as transferências bancárias obedecem outro calendário