FOLHAPRESS
Acusados de injúria racial no Mineirão querem se desculpar com segurança. Os torcedores que ofenderam o vigilante Fábio Coutinho após o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG no domingo (10), no Mineirão, foram identificados e irão prestar depoimento na Delegacia Civil da Pampulha, em Belo Horizonte.
A informação é da advogada dos dois, Aline Lopes Martins de Paula.
Em conversa rápida com a reportagem, ela afirmou que eles pretendem se desculpar com o segurança pelo ocorrido. Além disso, a advogada disse que um deles não usou a palavra "macaco" ao discutir com Coutinho, mas "palhaço".
O episódio ganhou repercussão a partir de um vídeo publicado pela Rádio 98FM em que um dos torcedores diz ao segurança, entre diversas ofensas em meio a uma confusão generalizada, "olha a sua cor". Em resposta, Coutinho questiona: "Você é racista?".
Ao UOL Esporte, o vigilante relatou ainda ter recebido cusparadas. "Eu vou ser sincero, vou dar um relato aqui. Sou vigilante, sou profissional da área de segurança. Não vou me vitimizar, mas foi uma atitude muito baixa e rasa da parte dele. Se puder encontrar essa pessoa, seria bacana ele servir como lição. Não foi só uma atitude racista, ele cuspiu na minha face. Em vários momentos, ele tocou com os dedos em minha face. Eu pretendo sim, dar continuidade [ao caso]", disse.
Ainda no dia da partida, horas após o ocorrido, o Atlético emitiu um comunicado em repúdio ao ato do torcedor e disse que apura o caso. "O Clube Atlético Mineiro repudia veementemente qualquer ato de violência, incluindo racismo, injúria ou ofensa moral, seja no estádio ou fora dele. As diversas imagens que circulam em redes sociais são lamentáveis e devem ser objeto de rigorosa apuração."