25 de Abril de 2024
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Taty Polis será ouvida em CPI do Falso Voluntariado na próxima terça-feira (9)

Postado em: 02/04/2019

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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o Falso Voluntariado atuante na Prefeitura Municipal de Sorocaba, e que é presidida pela vereadora Iara Bernardi (PT Sorocaba), ouvirá Tatiane Polis na terça-feira da semana que vem (09/04), às 14h, em oitiva transmitida pela TV Legislativa.

Tatiane, principal pivô da nova crise no interior do governo Crespo, será ouvida na condição de investigada (e não como testemunha), e já recebeu a intimação para depor. Pairam sobre sua atuação, acusações de caracterização de possível tráfico de influência e coerção. As investigações também estão sendo feitas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.

Para a presidenta da Comissão Parlamentar de Inquérito, vereadora Iara Bernardi, os depoimentos colhidos no último dia 26 deixaram claro que o trabalho de Tatiane Polis era efetivo dentro da prefeitura.

“Citaram que ela sugeria projetos e solicitava trabalhos para os funcionários da Secom. Inclusive, afirmaram que sabiam que ela era voluntaria porque se reportaria ao secretário municipal de Comunicação, Eloy de Oliveira. Na minha dedução, a participação dela (Tatiane) dentro da secretaria não era de uma simples voluntária”, disse ela na ocasião.

CPI do Voluntariado

A Comissão Parlamentar de Inquérito do Falso Voluntariado (CPI) colheu, na tarde de terça-feira, 26 de março, a oitiva de seis servidores e ex-servidores da Secretaria de Comunicação e Eventos (Secom). Os depoimentos foram fechados à imprensa.

Para a presidente da CPI, vereadora Iara Bernardi (PT), as oitivas deixaram claro que o trabalho de Tatiane Pólis era ‘efetivo’ dentro da Prefeitura. “Citaram que ela sugeria projetos e solicitava trabalhos para os funcionários da Secom. Inclusive, afirmaram que sabiam que ela era voluntaria porque se reportaria ao secretário municipal de Comunicação, Eloy de Oliveira. Na minha dedução, a participação dela [Tatiane] dentro da secretaria não era de uma simples voluntária”.

A relatora da CPI, vereadora Fernanda Garcia (PSOL), ressaltou a participação ativa de Tatiane Pólis nos meios de comunicação da Secom, principalmente no grupo de WhatsApp. “Agora, vamos fazer a juntada de todas as informações que já temos e das que ainda nos chegam diariamente, para expô-las aos outros membros da comissão, na próxima quinta-feira (28), com o objetivo de definir quais serão os próximos passos a serem dados”.

Titular da Secom diz à CPI que Taty Pólis “estava à disposição das secretarias”

O titular da Secretaria de Comunicação e Eventos (Secom), Eloy de Oliveira, disse, em oitiva à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Falsos Serviços Voluntários da Câmara Municipal de Sorocaba (CPI), que a voluntária Tatiane Pólis “estava à disposição de todas as secretarias”, por isso ela acabou realizando serviços à pasta; porém, ressaltou à presidente Iara Bernardi (PT) “não ter solicitado nenhum voluntário à Secom”.

Conforme Eloy, Tatiane Pólis firmou um “termo de compromisso” com o gabinete do prefeito José Crespo (DEM) e que, como voluntária, “não há exigência escolar para atuar” no serviço público.

O titular da Secom frisou que a voluntária ajudava no programa ‘Fala Bairro’, com jornada diária de cinco horas. “A voluntária não tem a condição de dar ordens a alguém. Isso não acontecia”, disse Eloy aos vereadores.

Secretária diz não saber número de voluntários; advogado acompanhou oitiva

A secretária de Cidadania e Participação Social de Sorocaba, Suélei Gonçalves, foi a primeira testemunha a ser ouvida durante a CPI do Falso Voluntariado, apelidada de CPI da Taty Polis. A titular da pasta não soube informar aos vereadores sobre os serviços voluntários prestados na Prefeitura, exceto ao programa Sorocaba Voluntária. Ela também não conseguiu definir quais as atribuições dos voluntários, disse que não havia controle de documentos e dos termos de voluntariado por parte de sua Secretaria e saiu da Câmara Municipal sem dar entrevistas à imprensa.

A titular da pasta de Cidadania afirmou que a situação da ex-assessora Tatiane Polis não passou por sua Secretaria, ao contrário do que determinava o decreto municipal 22.930/2017, e que era uma decisão do prefeito.

Suélei Gonçalves prestou os esclarecimentos acompanhada do seu advogado, que também é advogado prefeito José Crespo e da ex-assessora Tatiane Polis, o presidente da OAB Sorocaba, Márcio Leme. Ele iniciou a oitava questionando a vereadora Iara Bernardi (PT), presidente da CPI, se ela seria ouvida como Testemunha ou Investigada, informando que se fosse ouvida como investigada, ela não daria declarações.

Como testemunha, Suélei Gonçalves afirmou que a Prefeitura instituiu o programa Sorocaba Voluntária, e que este programa teria a função de fomentar a participação de pessoas que quisessem doar seu tempo para atividades da Prefeitura e de Organizações. Ela não soube, porém, precisar quantos cadastrados havia no programa. Questionada por três vezes sobre os assuntos, ela disse que não tinha a lista em mãos.

A secretária de Cidadania também demonstrou desconhecimento sobre a legislação que regulamentava o serviço voluntário na Prefeitura e sobre a validação dos documentos e do cadastro de voluntários.

Durante a oitiva, Suélei Gonçalves ainda informou que questionou a Secretaria de Assuntos Jurídicos e Patrimoniais sobre a situação dos voluntários que atuam na Prefeitura, em áreas como defesa civil ou fundo social. Segundo a titular da Cidadania, a resposta ainda não foi enviada.

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