03 de Novembro de 2024
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Sonia Cano, a professora que deixou um legado de cultura - Confira a coluna de Vanderlei Testa

Foto: VT
Postado em: 04/12/2023

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A notícia do falecimento da Sonia Cano e o seu sepultamento no domingo, (3) o primeiro do tempo do Advento, entristece e consola pela fé da Sonia. A sua trajetória neste mundo foi marcada pela beleza do amor à vida e o respeito ao próximo. Deixará saudades e levará consigo ao céu, o amor que plantou e semeou com a família, amigos, alunos, e comunidade sorocabana e de Itapetininga, onde nasceu.

 

A Sonia Cano nasceu em Itapetininga. Seus pais, Dulce Rios de Oliveira e Roque Ayres de Oliveira, a geraram em um momento de vida matrimonial abençoada pela fé cristã católica que a iluminou intensamente junto as graças de seu batismo.  Filha única, o seu coração veio palpitar as emoções em Sorocaba, cidade escolhida para viver desde os seus seis anos de idade.  Sua família com o Ubaldo foi gerada com muito amor, nascendo os quatro filhos. Hoje têm três, o Fernando, Luciana e Ana Silvia. Ela vive em alegria e sabedoria ao lado dos netos, Matheus, Rafael, Mariana e Daniela. E para completar, dois bisnetos: Miguel e Júlia.  Minhas lembranças da Sonia Cano vem do bairro Além Ponte, onde, com o seu saudoso marido Ubaldo Cano Rodrigues construiu um relacionamento dos mais intensos. Ele era filho dos antigos donos de uma padaria Bom Jesus. Na minha infância eu saboreava os pães quentinhos que meus pais levavam para casa na Rua Santa Maria. Francisco Cano Guerreiro e dona Maria Antônia Rodrigues, pais do Ubaldo, foram uma bênção a muitas famílias. A minha foi uma delas.

 

  A Sonia vivia tão integrada na comunidade de amigos, que sua presença em eventos, como os almoços promovidos pela Catedral de Sorocaba, em prol das suas obras assistenciais, sempre contaram com ela. A Sonia foi intensa em participar de atividades culturais e de educação. Sua formação vem da Faculdade de Filosofia Ciências em Letras de Sorocaba. Generosa em suas atitudes traz sobre si a aura de uma energia vibrante em transmitir alegria e amizade sincera, como foram as manifestações de pesar nas redes sociais.

 

Uma das lembranças que marcaram a vida da Sonia foi os seus estudos no Grupo Escolar primário do Padilha, aprendendo as suas primeiras escritas com a professora Gracinha Madureira. Com a iniciativa de seu pai Roque Ayres, diretor do Estadão por três décadas, em criar junto ao tradicional colégio o Curso Primário, a Sonia foi transferida a essa escola. E só saiu de lá, como estudante do Curso Colegial, na sua juventude. Depois dessa fase de estudos, fez os vestibulares para ingressar na Faculdade de Letras. Surgia depois de formada, a professora Sonia Cano que foi umas das mais queridas mestras do ensino do Estadão durante sete anos. Com o seu ímpeto de avançar na carreira da educação, a Sonia foi lecionar dois anos na cidade de Angatuba. Na trajetória dos seus sonhos, seguiu para uma nova escola em Itapetininga até retornar a Sorocaba, onde tudo recomeçou na Escola Padilha. Agora, como professora por 20 anos. Na época de completar 50 anos de casada, perdeu o seu amado Ubaldo que retornou à casa do Pai celeste.

 

A homenagem à Sonia Cano, que escrevo neste artigo semanal do Jornal Ipanema e das páginas da rede social onde publico, é meritória como legado que ela deixou. Uma mulher vitoriosa, que enobreceu, como mãe, esposa, avó, filha, professora e amiga, todas as gerações de sua família Ayres e Cano, que se orgulham da sua vida exemplar e digna de elogios por todas as suas descendências.

 

Vanderlei Testa jornalista e publicitário escreve no Jornal Ipanema

 

 

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