Por Cristiane Carvalho
Em menção ao Outubro Rosa, o movimento Pense Pink participou, na noite de terça-feira (2), do Desfile Fashion For a Cause Sorocaba. O evento foi realizado na Audi Center, na Zona Sul da cidade.
A médica mastologista Alice Francisco, fundadora da Pense Pink, movimento formado por outros três médicos oncologistas, busca desmistificar e informar sobre o câncer.
“Acreditamos que a educação em saúde é capaz de salvar vidas”, disse Alice. A especialista ressalta que é preciso trazer conteúdo médico “de qualidade”, com embasamento científico e acessível a todos. “Infelizmente, há muito conteúdo de baixa qualidade e ‘fake news’ na Oncologia; precisamos de pessoas que levem a sério falar sobre câncer”.
Na oportunidade, Alice anunciou a parceria com a ONG norte-americana Maple Tree Cancer Alliance. Atuando desde 2011 nos Estados Unidos, a organização contará com sua 13ª sede em Sorocaba.
A parceria com a Pense Pink aconteceu durante a visita da mastologista para visitar a sede em Dayton, Ohio. Lá, conheceu pessoalmente a fundadora Karen Wonders e assim estreitaram a relação. “O trabalho da Maple Tree Cancer Alliance é exatamente o que pregamos na Pense Pink. O paciente oncológico precisa de todo apoio e estímulo para enfrentar a doença da melhor maneira possível. Isso nos ajuda muito a aumentar os casos de cura”, argumenta Alice.
Casos da doença no Brasil
No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama também é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no país (excluídos os tumores de pele não melanoma).
Para 2019, foram estimados 59.700 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 mil mulheres.
De acordo com Alice, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis.
Praticar atividade física, ter uma alimentação saudável, amamentar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são ações que podem evitar a doença. No caso do câncer de colo do útero, o início precoce de atividade sexual, múltiplos parceiros, tabagismo e uso prolongado de anticoncepcionais podem aumentar as chances do diagnóstico positivo.