13 de Dezembro de 2024
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Marinho diz que governo foi incapaz de comunicar sobre PL de aplicativos

Foto: reprodução
Postado em: 17/04/2024

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VICTORIA AZEVEDO - FOLHAPRESS

 

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (17) que o governo Lula (PT) foi "incapaz" de comunicar sobre o conteúdo do projeto de lei do projeto de regulamentação do trabalho de motoristas de aplicativos, que virou alvo de críticas da categoria e de congressistas.


"Peço encarecidamente para a gente olhar o conteúdo do projeto de lei. Porque eu tenho debatido com trabalhadores, grupos pequenos, para entender um pouco qual a resistência. Compreendi que ela vem pela desinformação e a nossa incapacidade, do governo, de comunicar corretamente qual o conteúdo do projeto para o conjunto da sociedade, em particular para os motoristas", afirmou Marinho.

A proposta foi apresentada em março após um ano de debate. Membros do Planalto também criticaram a maneira como ela foi divulgada e avaliaram que a proposta acabou gerando desgastes desnecessários ao Executivo. Isso porque a matéria era uma promessa de campanha de Lula e um aceno do petista aos trabalhadores, cuja categoria é mais alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aliados de Marinho vinham minimizando as críticas, afirmando que há muita desinformação compartilhada nas redes sociais sobre o projeto.

As declarações de Marinho ocorrem num momento em que há pressão de motoristas contra a proposta do governo e após uma derrota do ministro na semana passada, quando foi retirada a urgência do projeto --com a urgência constitucional, os deputados precisam deliberar sobre o tema em 45 dias. Caso contrário, a pauta da Casa é travada.

Se o texto fosse à votação, no entanto, provavelmente o governo seria derrotado.

Com a retirada da urgência, foi firmado um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que a proposta seja debatida em três comissões (durante 20 dias em cada uma) para ser apreciada em plenário antes do recesso parlamentar.

Nesta quarta, Marinho sinalizou aos parlamentares que o texto pode sofrer alterações no Congresso e que o governo não tem pretensões de que o projeto "saia do mesmo jeito que entrou".

Ele também fez um gesto aos motoristas, afirmando que, uma vez aprovada a proposta, o Executivo poderá discutir oferecer a eles "algo parecido com o que os taxistas têm", como, por exemplo, linhas de crédito para compra de veículos.

Nesta quarta, representantes dos trabalhadores participam de comissão geral no plenário da Casa para discutir o projeto.

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