A prefeita Jaqueline Coutinho enviou à Câmara Municipal nesta quarta-feira (10) a íntegra do processo administrativo relacionado à compra de máscaras na Secretaria da Saúde, investigado pela Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. A denúncia de ilegalidade na compra gerou a operação Boderline, deflagrada na última segunda-feira (8).
No encaminhamento, feito ao presidente do Legislativo, vereador Fernando Dini (MDB), a prefeita reiterou os argumentos divulgados em entrevista coletiva na última semana. O principal deles, de que o material recebido pela Prefeitura tinha a mesma qualidade dos recebidos, apesar da mudança de nomenclatura.
Para Jaqueline, "nenhuma dúvida paira por parte de nossos técnicos da Secretaria de Saúde, Secretaria de Administração, Controladoria Geral, Auditoria e Corregedoria quanto à lisura e legalidade do rito procedimental da aquisição em tela".
Segundo a chefe do Executivo, a sua administração manteve "postura adequada e vigilante, adstrita aos ditames dos princípios que norteiam a atuação do Poder Público que, indubtavelmente, mesmo diante do estado de calamidade não autorizam qualquer desvio, excesso ou mácula".
A prefeita Jaqueline Coutinho manifestou o desejo de que a verdade se sobreponha e apareça diante de uma denúncia que coloca em cheque a atuação da Prefeitura de Sorocaba na aquisição de máscaras respiratórias.
Segundo a prefeita, houve uma interpretação equivocada acerca da nomenclatura dos equipamentos que foram distribuídos aos servidores, principalmente aos da saúde, já que a sigla PFF2 foi trocada pelo fornecedor pela FFP1, mantendo-se a classificação de segurança. De acordo com a fornecedora, as 60 mil máscaras enviadas ao município teriam sido fabricadas para envio à Europa, onde a aceitação do produto recebe essa sigla (FFP1). “De imediato questionamos a empresa, já que observamos a denominação no equipamento, assim que chegou”, enfatizou.
Diante da dúvida gerada entre servidores, a Prefeitura optou por solicitar a troca de 29 mil máscaras, tendo recebido o material, desta vez, com a inscrição que, segundo as normas sanitárias nacionais, é a adequada (PFF2).
A prefeita afirmou também que não houve risco aos servidores que necessitavam do equipamento.