Jovem Pan News
Milhares de manifestantes protestaram nesta sexta-feira (30) em algumas das maiores cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Washington e Atlanta, contra a morte de George Floyd, um homem negro assassinado por Derek Chauvin, um policial branco que se ajoelhou sobre o pescoço dele por pelo menos sete minutos na última segunda-feira em Minneapolis.
Vários desses protestos tiveram confrontos e atos violentos. No centro de Atlanta, perto da sede da rede de televisão “CNN”, grupos quebraram vitrines de lojas, e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. Algumas pessoas jogaram pedras no prédio da emissora e, em meio à confusão, viaturas policiais que estavam estacionadas também foram alvo, sendo que pelo menos duas foram incendiadas.
Em Washington, uma manifestação que começou pacificamente acabou em confronto com policiais e agentes do Serviço Secreto em frente à Casa Branca. Pelo menos dois dos participantes foram presos. Em mais de uma ocasião, os manifestantes derrubaram algumas das barricadas montadas do lado de fora do complexo da residência presidencial, o que gerou momentos de tensão.
Também foram relatados confrontos no distrito do Brooklyn, em Nova York; em Charlotte, no estado da Carolina do Norte, e em Houston, no Texas, entre outras cidades.
Na região metropolitana de Minneapolis e Saint Paul, onde ocorreram incidentes violentos nas últimas três noites, centenas de manifestantes bloquearam uma ponte central que liga as duas cidades para retomarem os protestos, apesar do toque de recolher que vem ocorrendo desde o anoitecer e durante todo o fim de semana. Nas últimas três madrugadas, essas manifestações resultaram em saques, incêndios de viaturas e confrontos com policiais.
Alguns grupos, de punhos erguidos, se reuniram em frente ao prédio da sede da polícia do Terceiro Distrito, no sudeste de Minneapolis, que foi incendiado nos protestos de quinta-feira à noite, gritando “não podem prender todos nós”.
“Não consigo respirar”
A origem dos protestos foi a morte de George Floyd, de 46 anos, na segunda-feira, quando foi rendido por policiais depois de ser preso sob suspeita de tentar usar uma nota falsa de US$ 20 em um mercado.
Imagens gravadas por pedestres que testemunharam a ação policial mostram Derek Chauvin, um dos quatro agentes envolvidos na prisão — e que depois foi expulso da corporação e preso — pressionando com o joelho o pescoço de Floyd, que estava deitado no chão, por ao menos sete minutos, ignorando seus apelos de que não conseguia respirar.
“Por favor, por favor, por favor, eu não consigo respirar, por favor”, suplicou Floyd enquanto agonizava.
Chauvin foi acusado formalmente de homicídio em terceiro grau e homicídio culposo pelo procurador do condado de Hennepin, Mike Freeman.