27 de Abril de 2024
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Bolsonaro elege aliados e faz deputado mais votado, mas familiares e advogado fracassam

Foto: Agência Brasil
Postado em: 03/10/2022

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João Gabriel e Ranier Bragon, FOLHAPRESS


Desde que chegou ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL) rompeu com uma série de aliados da época das eleições de 2018, mas também angariou novos. Alguns desses novos bolsonaristas se lançaram candidatos em 2022.


No grupo de aliados de Bolsonaro, familiares do presidente acabaram derrotados, ao passo que em Minas Gerais Nikolas Ferreira (PL-MG) emplacou a maior votação do pleito.


A lista de bolsonaristas conta ainda com gente que até então vivia fora da política, como o ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Maurício Souza (PL). Ele teve mais de 83 mil votos e será deputado federal por Minas Gerais. Também do esporte veio Wanderlei Silva (PP-PR), ex-lutador de MMA que concorreu à Câmara, mas não teve o mesmo desempenho e acabou derrotado.


O cantor de axé Netinho (PL-BA) e a influenciadora Antonia Fontenelle (Republicanos-RJ) também não conseguiram converter a proximidade com Bolsonaro em eleição.


Dos que já estavam envolvidos na política, talvez o mais conhecido personagem que não era apoiador de Bolsonaro em 2018, mas se tornou aliado em 2022, é o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL).


Collor, que se aproximou do atual presidente nos últimos anos e apareceu em eventos de campanha com ele, acabou derrotado na disputa para governador.


Frederick Wassef (PL-SP), advogado do clã bolsonarista, também decidiu deixar os bastidores para se arriscar na corrida eleitoral em 2022. E fracassou, com menos de 4 mil votos.


Já Nikolas Ferreira, que era vereador em Belo Horizonte, teve um salto e se tornou o deputado federal mais votado das eleições de 2022 -e da história de seu estado.


A pauta das armas, central no bolsonarismo, também rendeu bons frutos. Marcos Pollon (PL-MS), presidente do Proarmas, maior grupo armamentista do país, foi eleito deputado federal.


Uma das plataformas que impulsionaram novos candidatos bolsonaristas foi a pandemia da Covid-19, que deixou mais de 686 mil mortos até este domingo (2). No entanto, a pauta não trouxe frutos nas urnas.


Mayra Pinheiro (PL-CE), conhecida como Capitã Cloroquina, e Nise Yamaguchi (Pros-SP), que foi conselheira próxima do presidente para as políticas de combate ao coronavírus, não conseguiram se eleger para a Câmara dos Deputados. Raíssa Soares (PL-BA), notória defensora do tratamento precoce, perdeu a disputa para o Senado.


Por outro lado, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi eleito como o segundo deputado mais votado do Rio de Janeiro.


De dentro da família de Bolsonaro, vieram nomes que não conseguiram se eleger. Por exemplo, seu sobrinho e ex-assessor do PL, Léo Índio (PL-DF), e seu cunhado, Eduardo Torres (PL-DF). Ambos concorreram a deputado distrital, mas nenhum conquistou um mandato.


Também Ana Cristina Valle, ex-esposa do presidente e que já havia concorrido em outras ocasiões (inclusive usando o sobrenome da família), tentou se eleger deputada distrital. Sem sucesso.


Há ainda outros ex-assessores do presidente que arriscaram sair dos bastidores para botar as caras na vida pública.


Tércio Arnaud (PL-PB), ex-assessor especial, foi um dos mais importantes articuladores da estratégia digital do mandatário, junto com Carlos Bolsonaro. Também concorreu Mosart Aragão (PL-SP), que ocupou cargo semelhante e é próximo do irmão do presidente, Renato Bolsonaro.


Ambos saíram derrotados do pleito, assim como Max Guilherme (PL-RJ) –o Max Bolsonaro–, que foi assessor e segurança do atual presidente.


Há ainda ex-integrantes de altos cargos dentro do governo. Por exemplo, o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ele foi eleito deputado federal.


Os principais nomes do núcleo da Cultura da gestão Bolsonaro também tentaram uma vaga no Congresso.

 

Desse grupo, o ex-secretário Mario Frias (PL-SP) conseguiu se eleger deputado federal, mas o ex-diretor da Fundação Palmares, Sergio Camargo (PL-SP), e o ex-secretário de fomento, André Porciuncula (PL-BA), não.


Há ainda a bancada daqueles que já estavam no Congresso quando Bolsonaro foi eleito em 2018, mas que só se aproximaram do presidente durante seu governo. Os deputados Ottoni de Paula (MDB-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e André Ferreira (PL-PE) conquistaram mais quatro anos na Câmara –este último, como o mais votado do estado.


Já deputado federal Cleitinho Azevedo (PSC-MG) conseguiu saltar da Câmara para o Senado.


Em 2018, o PSL, que então abrigava Jair Bolsonaro, saiu da condição de nanico para a de segunda maior bancada da Câmara dos Deputados.


Em 2022, o agora novo partido de Bolsonaro, o PL, consagrou-se a maior bancada do Congresso, com um total de pelo menos 113 parlamentares -14 senadores e 99 deputados.

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