FOLHAPRESS
Em entrevista à imprensa no sábado (2), o governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) pediu agilidade para a punição dos responsáveis pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho no dia 25 de janeiro.
“Temos posição, que é a punição exemplar dos envolvidos. Uma Justiça que é feita como no caso de Mariana, onde os processos já estão anos atrasados, onde pessoas depois de anos não tiveram solução, deixa de ser Justiça. Nosso grande foco é em relação à agilidade que o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Advocacia Geral do Estado e Advocacia Geral da União devem dar”, disse o governador.
“Uma tragédia como essa é algo inadmissível, então todas as medidas necessárias serão tomadas para que aqueles afetados tenham condições de voltar a viver suas vidas”, completou.
Segundo Zema, o governo vai repensar os critérios de autorização de mineração.
O advogado-geral da União André Mendonça, que também participou da coletiva, disse que a Vale tem apresentado resistência no cumprimento de suas obrigações.
“Precisamos de atos que demonstrem responsabilidade pelo que aconteceu, como o pagamento imediato de indenizações, transparência nos dados, proatividade no sentido de recompor os estragos causados. Esperamos respostas efetivas e rápidas por parte da Vale com relação ao desastre”, afirmou.
Os moradores do Parque da Cachoeira, na região atingida pela lama, fizeram uma lista de reivindicações durante assembleia. Entre elas, a avaliação urgente do material da barragem e a isenção no pagamento água, luz e IPTU.
Às autoridades, o Movimento dos Atingidos por Barragens fez a recomendação de que seja feita a contratação de análises técnicas sobre o acidente em instituições independentes e sem interferência da Vale.