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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quinta-feira, 12, que, se houver uma segunda onda de contágio do novo coronavírus no Brasil, a prorrogação do auxílio emergencial será uma certeza. A declaração foi dada no evento online organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). “Prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial”, disse. Segundo o ministro, porém, essa não é a expectativa da equipe econômica. “O plano A para o auxílio emergencial é acabar em 31 dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação do auxílio emergencial não é nossa hipótese de trabalho, é contingência”, acrescentou.
Guedes voltou a dizer que o plano da equipe econômica era que o auxílio emergencial “aterrissasse” no Bolsa Família ou Renda Brasil, o que ainda está em estudo. “Politicamente, o programa Renda Brasil não foi considerado satisfatório pelo presidente. No meio da eleição, não era hora de ter essa discussão”, avaliou.
O ministro também disse que o Brasil passou por uma ameaça de “caos social”, que não ocorreu porque não houve desabastecimento de produtos nas prateleiras dos supermercados. “Brasil resistiu porque o campo seguiu produzindo e rede de supermercados manteve a população abastecida nesse período. As redes de supermercados mantiveram a economia em funcionamento”, afirmou. O ministro voltou a dizer que a economia está voltando com força “como um urso que estava hibernando”. Ele afirmou que a arrecadação de impostos neste mês está “extraordinária”, assim como outros indicadores antecedentes. “Mesmo sendo otimista, me surpreendeu a velocidade com que a economia brasileira está voltando”, completou.