Com o objetivo de retomar a normalidade das operações de funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto S-2 (ETE S-2), o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba (Saae) concluiu na tarde desta sexta-feira (29) a primeira etapa do trabalho de recuperação e substituição das membranas de oxigenação da unidade, que apresentaram avarias devido ao desgaste natural pelo uso contínuo, fato que estava provocando desconforto aos munícipes residentes nas imediações do Parque Vitória Régia, devido à exalação de mau cheiro.
“Essas membranas, num total de 1.040, estão distribuídas pelos dois tanques de aeração da unidade. No primeiro tanque, concluído nessa sexta-feira, foram recuperadas ou substituídas as 520 instaladas. As que ainda têm condições de uso estão sendo revisadas e recuperadas e as que apresentam danos severos estamos substituindo por outras novas”, explica o diretor-geral da autarquia, engenheiro Mauri Gião Pongitor, que também destaca o comprometimento dos funcionários que estão realizando essa intervenção, “que trabalham numa unidade de tratamento de esgoto neste momento de pandemia do coronavírus, embora observando todos os cuidados de saúde e segurança, com o uso dos EPIs necessários”.
Com a conclusão dos trabalhos no primeiro tanque de aeração da ETE S-2 , a equipe da autarquia dá início neste sábado (30) à recuperação e substituição das 520 membranas do segundo e último tanque, intervenção que deverá ser encerrada até o final da próxima semana.
Oxigênio para micro-organismos
A exemplo das demais ETEs instaladas em Sorocaba (S-1, Pitico, Itanguá, Aparecidinha, Ipaneminha e Quintais do Imperador), a ETE S-2 não utiliza produtos químicos no seu processo de tratamento de esgoto e desta forma essas membranas são as responsáveis pela oxigenação dos seus dois tanques de aeração, que possibilita a proliferação dos micro-organismos responsáveis pela “digestão” da carga orgânica que compõe o esgoto.
“Quando há o rompimento dessas membranas, o oxigênio não é injetado de forma suficiente para manter o sistema aeróbio, que então passa a ser anaeróbio, sem oxigênio, e desta forma há a liberação de maus odores. E é justamente o que estamos corrigindo com a renovação das membranas”, explica o biólogo Reginaldo Schiavi, diretor de produção da autarquia.
Inaugurada em agosto de 2010 e localizada a jusante do Parque Vitória Régia, num total de 61.020 metros quadrados de área construída, a ETE S-2 tem capacidade para processar até 385 litros de efluentes por segundo, provenientes de parte da zona norte da cidade e mais a região do Éden e Cajuru.