Por José Simões
O ano de 2019 não foi nada bom para a área da Cultura da cidade de Sorocaba, principalmente no âmbito das políticas públicas.
Ao longo do ano, mais de cinco secretários assumiram a pasta da Cultura, num vai e vem desnorteante. Continuidade? Impossível!
A Linc, que deveria ser uma das ações responsáveis pelo incentivo à cultura do município, trouxe somente discórdia. Reprovou mais de 60 projetos porque não apresentaram, no ato da inscrição, a declaração de um contador. Estarrecedora tamanha a burocracia e falta de conexão com o objeto do próprio edital – a arte e a cultura.
Para encerrar o ano, corte no orçamento da Secretaria da Cultura para 2020. Assim como suspendeu o Carnaval de Rua da cidade sem conversar com as agremiações e informou que o teatro municipal será fechado para reforma, sem, contudo, apresentar o orçamento detalhado das ações a serem realizadas no teatro e a fonte da receita para atingir as metas propostas. Triste fim de ano. Péssimo agouro para o ano vindouro para as artes da cena.
Os grupos, porém, os coletivos e os artistas do teatro da cidade seguiram produzindo e dentre os quais destaco: o Teatro Escola Mário Pérsico, que esteve com as portas abertas todos os finais de semana com peças; o curso técnico de teatro do Senac, sob a direção de Hamilton Sbrana; a programação do Sesc; a realização do I e II Festão, o Festival Regional de Teatro; a abertura da sede companhia Sevastra de teatro e a manutenção das sedes das companhias de teatro Trupé e Nativos Terra Rasgada.
Destaco, também, na cena sorocabana os espetáculos: Valsa Número 6, com Gui Miralha (direção de Angela Barros), Gavetas do Corpos (Cia Camarim) e Estação Paraíso (Grupo Khatarsis), que juntos com toda a programação realizada no ano de 2019, fizeram o teatro sorocabano vicejar.
Viva o teatro!
Que venha 2020!
José Simões é professor e crítico teatral