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Nesta sexta-feira (23), o presidente chinês Xi Jinping participou de um evento em comemoração ao aniversário de 70 anos da entrada da China na Guerra da Coréia. A nação asiática considera que esse conflito foi um ato de resistência aos Estados Unidos e serviu para quebrar “o mito da invencibilidade das forças armadas americanas”, conforme disse o líder do Partido Comunista. Durante o seu discurso em Pequim, ele fez ameaças veladas e indiretas ao presidente Donald Trump e à política externa do seu governo de uma maneira geral, apesar de em nenhum momento citar nomes.
Jinping afirmou que “chantagem, bloqueios e pressão máxima não levam a lugar nenhum”, já que a China “nunca vai se acovardar diante de ameaças ou será subjugada” e “jamais permitirá que qualquer força viole ou separe seu território sagrado”. Ao falar do conflito travado contra os norte-americanos em 1950, ele declarou: “uma guerra deve ser travada para dissuadir a invasão, e a violência deve ser enfrentada com violência. Uma vitória é necessária para ganhar a paz e o respeito”. A declaração foi feita um dia após a notícia de uma possível venda, por parte dos EUA, de US$ 1,8 bilhão em armas a Taiwan – ilha que a China reivindica como parte de seu território.
No entanto, o líder asiático utilizou a Guerra da Coréia como uma forma de exemplificar que a China possui um compromisso com a proteção da paz mundial. Ele afirmou, ainda, que o país “não quer expansão”, mas sim que a “China está pronta para trabalhar com o mundo”. “O desenvolvimento pacífico e a cooperação mutuamente benéfica continuam sendo o caminho certo”, reiterou.
*Com informações de agências internacionais