A paralisação que ocorrerá durante a Greve Geral, prevista para ocorrer na próxima sexta-feira (14), deve ocorrer de forma total e afetará diversos serviços em Sorocaba e região. O Ato Público acontece em todo o país e durará 24 horas.
Entre alguns serviços que devem ser prejudicados estão, principalmente, o de transporte público. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, 100% da frota de ônibus não circulará neste dia. Como já conhecido em outras Greves Gerais ocorridas em Sorocaba, os veículos não saem da garagem para ir aos terminais de ônibus, que ficam vazios, como mostra a foto abaixo.
A Prefeitura e a Urbes informaram à redação que “estudam conjuntamente as medidas a serem adotadas para tentar amenizar os efeitos da eventual paralisação. As concessionárias de transporte serão comunicadas pela Urbes para evitarem a paralisação, ficando sujeitas a sofrerem a aplicação de penalidades, caso descumpram a legislação vigente”.
O Ipa Online entrou em contato com o sindicato dos Bancários e o mesmo informou que organizou um cronograma para convocar, na data, a participação dos trabalhadores da categoria para participar do ato que ocorre na praça Coronel Fernando Prestes e reunirá todos os sindicatos envolvidos com a Greve Geral, às 10 horas, entretanto não informou se a ação prejudicará o atendimento nas agências bancárias.
Professores de escolas estaduais, segundo a Apeoesp, que representa a categoria, farão passeata durante a manhã de sexta, o que pode culminar no cancelamento das aulas em algumas unidades. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba (SSPMS), Salatiel Hergesel, convoca a classe trabalhadora para também aderir ao ato. Com isso, serviços de cunho municipal também devem ser afetados. Durante entrevista ao Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema, nesta terça-feira (11), o Secretário de Gabinete Central, Eric Vieira, afirmou que o sindicato não procurou o Executivo para avisar sobre qualquer paralisação.
Na região de Sorocaba, os sindicatos que participam da Frente em Defesa da Aposentadoria e que representam os trabalhadores em transportes, metalúrgicos, comerciários, bancários, professores públicos estaduais, químicos, vigilantes, em empresas de vestuário, refeições, da borracha, de papel e celulose, da alimentação e os servidores públicos de Sorocaba e de Votorantim confirmaram a participação na manifestação, convocada pelas centrais sindicais brasileiras contra a reforma da Previdência, os cortes de verbas na Educação e o desemprego.
Os movimentos estudantis secundarista e universitário e os professores da UFSCar-Sorocaba também irão participar. O sindicato dos técnicos e administrativos da UFSCar-Sorocaba irão realizar uma assembleia nesta terça-feira (11), para definir a participação.
A Greve Geral começa à zero hora de sexta e durará até as 23h59 do mesmo dia.
Sorocaba
Em Sorocaba, os movimentos estudantis, da educação e de trabalhadores estão chamando a população a participar no dia 14 de junho de um ato contra a reforma da Previdência, os cortes de verbas na Educação e o desemprego. O ato irá acontecer a partir das 10h, na praça central de Sorocaba, praça Coronel Fernando Prestes. Marchas de trabalhadores, estudantes e professores irão acontecer nas principais vias da cidade durante toda a sexta-feira, 14.
Transporte
Os trabalhadores em transportes nos setores urbano, intermunicipal (suburbano), rodoviário, de fretamento e de cargas nas 42 cidades das regiões de Sorocaba, São Roque e Itapeva (de Araçariguama até Itararé) irão participar da Greve Geral e, seguindo a deliberação nacional da categoria, irão paralisar por 24 horas.
O Ato Público tem como objetivo mostrar aos deputados federais e senadores a rejeição da população à reforma da Previdência que está em tramitação no Congresso Nacional e “que acaba com o sistema público de previdência no Brasil ao propor a implantação do sistema de capitalização e a adoção de regras de acesso à aposentadoria não condizentes com a realidade social, econômica e de trabalho da população brasileira”.
Para as centrais sindicais, o sistema de capitalização significa “o fim do direito à aposentadoria. O sistema de capitalização já foi experimentado em 30 países no mundo e não trouxe resultados positivos para a população. Dos 30 países que o adotaram, 18 já reverteram para a previdência pública parcial ou integralmente e nos outros que ainda possuem esse sistema a realidade é nefasta, com muitos idosos em situação miserável ou recebendo abaixo do salário mínimo”.
A Greve Geral, segundo a Frente em Defesa da Aposentadoria, também “é um protesto contra o alto índice de desemprego e a falta de projeto político para reverter essa situação danosa e contra os cortes de verbas na Educação feitos pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), que atingem da creche à pesquisa científica, e que irão levar ao fechamento de centenas de cursos, universidades e institutos públicas federais em todo o país, assim como à desconstrução do setor de pesquisa brasileiro”.