O motorista em um carro de luxo que é investigado por ter causado o acidente que matou um casal, na estrada da represa de Itupararanga, em Votorantim, teve prisão preventiva decretada e é procurado pela Justiça. Até o momento, ele não se apresentou na delegacia.
A Polícia Civil anunciou, na manhã desta quarta-feira (22), durante entrevista coletiva a jornalistas, que o condutor foi indiciado pelo crime de homicídio doloso (com intenção de matar). O Delegado Seccional José Humberto Urban esteve presente, além dos delegados Oscar Garcia Machado Júnior e José Antônio Proença, titular e assistente de Votorantim, responsáveis pelo caso.
De acordo com as autoridades policiais, diante da gravidade do crime, perturbação da ordem pública e fuga do hospital, a investigação trata a ação como homicídio doloso onde, diante do que for apurado, o autor pode ser levado ao tribunal do júri.
O acidente ocorreu na tarde de domingo (19). O casal José Rubens Martinelli, 60, e Maria Aparecida de Oliveira Martinelli, 54, morreu no acidente. O filho deles foi socorrido com ferimentos.
O investigado é empresário do ramo de veículos e tem 44 anos de idade. Ele conduzia um carro de luxo, uma Mercedes-Benz GLA 250, quando provavelmente perdeu a direção do veículo e atingiu o Chevrolet Prisma em que estava a família Martinelli e vinha no sentido oposto. A colisão foi frontal.
O impacto da colisão fez com que o carro em que estava a família ficasse completamente destruído. Foi necessário com que os Bombeiros cortassem o carro para resgatar José Martinelli. Ele foi encaminhado ao CHS (Conjunto Hospitalar de Sorocaba). Já a mulher, que ocupava o banco de trás do carro, foi arremessada para fora do veículo e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento do Jataí. Ambos não resistiram. O filho das vítimas, que viajavam no banco da frente do passageiro, teve ferimentos nas pernas e recebeu atendimento médico.
No carro em que estava o empresário haviam várias garrafas de cervejas, algumas fechadas e outras vazias. Segundo o boletim de ocorrência, o motorista emitia odor etílico (de bebida alcoolica). Aos policiais, ele se recusou a fazer teste de bafômetro. Ao ser questionado sobre o acidente ocorrido, ele teria afirmado que “o problema não é o acidente, o problema é que esse carro não tem seguro e custa quase R$ 200 mil”.
O empresário chegou a ser socorrido, mas fugiu do hospital. Agora ele é considerado foragido. Quaisquer informações que levem ao seu paradeiro podem ser denunciadas pelo telefone 197 - Polícia Civil.