SÃO PAULO/ FORMAÇÃO - Com o objetivo de democratizar e valorizar a Economia Criativa, a I Mostra Internacional de Economia Criativa apresentará profissionais, iniciativas e oficinas de diversos segmentos da área, em um evento online, durante 30 dias seguidos, de acesso livre, gratuito e irrestrito, de 13 de março a 11 de abril de 2021.
Evento conta com parcerias nacionais e internacionais e participação de profissionais residentes em variados locais do Brasil e do mundo. Durante a Mostra, o público terá contato com 4 segmentos da Economia Criativa por meio de 15 painéis de debates, 15 lives/oficinas artísticas e 30 atividades gravadas.
Por que falar sobre Economia Criativa?
De 2015 a 2017, de acordo com o Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, publicado em fevereiro de 2019 pela Firjan SENAI, houve uma contração de 1,0% na economia brasileira como um todo. Na contramão dessa estatística, nesse mesmo período, os estabelecimentos criativos tiveram uma expansão de 2,5%.
“Economia Criativa” é um termo relativamente novo, cunhado em 2001 pelo britânico John Howkins, no livro “Economia Criativa: Como Ganhar Dinheiro com Ideias Criativas”. Apesar do nascimento tão recente, o estudo desse setor tem sido realizado há mais tempo, com a primeira referência datada de 1983, quando a então primeira-ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, publicou um relatório reconhecendo a importância das áreas ligadas à tecnologia e criatividade para o crescimento econômico do Reino Unido.
Considera-se “Economia Criativa” as áreas profissionais que se utilizam da criatividade como insumo básico para produção e geração de renda. Seguindo os conceitos do Sebrae, a Economia Criativa é segmentada em quatro tópicos: Consumo, Mídias, Cultura e Tecnologia.
Em 2017 o PIB Criativo representou 2,61% de toda a riqueza gerada em território nacional, totalizando R$171,5 bilhões – montante semelhante à soma de quatro das maiores instituições financeiras globais (American Express, J. P. Morgan, Axa e Goldman Sachs). Mesmo apresentando cifras tão expressivas, o termo “Economia Criativa” é pouco comentado no Brasil, razão pela qual faz-se necessário um evento de democratização do termo com o objetivo de profissionalizar os segmentos desta área e ampliar as possibilidades de geração de renda dos trabalhadores do setor.
Serviço
A programação completa está no site: profissoeseconomiacriativa.com.br
Haverá, também, uma programação paralela de podcasts, publicação de vídeo final com os resultados obtidos, disponibilização de um report bilíngue para download gratuito.
José Simões é professor e crítico teatral