22 de Novembro de 2024
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Guedes afirma que auxílio emergencial evitou "quebra-quebra" no Brasil

Foto: Agência Brasil
Postado em: 13/06/2020

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Bernardo Caram, FOLHAPRESS


O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta sexta-feira (12), em reunião fechada, que não houve "quebra-quebra" nas ruas das cidades do Brasil porque o governo implementou e pagou rapidamente o auxílio emergencial de R$ 600 a pessoas afetadas pela crise do novo coronavírus.


Na avaliação do ministro, a execução demorada de programa assistencial semelhante nos Estados Unidos criou ambiente para uma "comoção social", deflagrada após "pretexto, fagulha" do assassinato de George Floyd por um policial.


A reportagem obteve o áudio da videoconferência do ministro com representantes dos setores de comércio e serviços. Mais de 50 entidades participaram do encontro.


"Enquanto nos Estados Unidos tem gente que não recebeu [auxílio emergencial] porque vem pelo correio, nós estamos pagando 64 milhões de brasileiros. Por isso que não teve quebra-quebra na rua, nada disso", afirmou Guedes.


"Lá houve um pretexto, uma fagulha, o tiro que foi esse problema do assassinato do jovem negro, mas a verdade é que a comoção social estava preparada porque não foi só um protesto por racismo. Estão quebrando loja, estão tirando coisa de armazém, assaltando loja de grife. Quer dizer, aquilo é uma explosão social. E aqui não houve, exatamente porque nós tivemos essa prudência de jogar todas as camadas de proteção social", disse.


A afirmação do ministro se alinha a declarações recentes de Jair Bolsonaro. Ao defender a retomada de atividades econômicas e a volta das pessoas ao trabalho, o presidente argumenta que a falta de recursos e a fome poderiam provocar caos social e descontrole nas ruas do país.


Floyd morreu depois que um policial branco ajoelhou sobre seu pescoço por mais de oito minutos para imobilizá-lo.A morte do homem negro desencadeou protestos antirracismo e contra a violência policial em mais de 1.200 cidades americanas, de acordo com levantamento do USA Today. Os atos se estenderam também a outros países, incluindo Reino Unido, França, Japão e Brasil.

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