O semestre começou com a energia elétrica mais cara, no patamar 2 da bandeira vermelha. E, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a tarifa se mantém em agosto com custo de R$ 5 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. “O aumento gradativo no preço da eletricidade faz com que as pessoas pensem no futuro e busquem formas alternativas de energia, principalmente as sem custo”, explica Paulo Cesar Costa, engenheiro da Viridian Ecoenergia.
Desde 2012, o reajuste médio do preço da energia no país foi de 44%. A Aneel destaca também que a classe de consumo residencial é responsável por 58,71% de conexões, seguida da classe comercial com 35,25% das instalações. E, com isso, a instalação de sistemas de energia limpa – como a solar – não para de crescer. Neste ano o Brasil deve deve se tornar um dos 20 países com maior geração de energia solar, considerando a potência já contratada (2,6 GW) e a escala da expansão dos demais países.
A meta do setor elétrico é de que, até 2050 18% das residências no Brasil terão geração de energia solar fotovoltaica, pois o país têm grande incidência solar de 5,4 kWh/m² (quilowatt-hora/metro quadrado), ficando a frente de países como Estados Unidos e China. “O potencial do Brasil é imenso para população gerar sua própria energia limpa e de graça”, ressalta Paulo. Outro fator que influencia no crescimento deste setor é a queda de preço: está mais barato instalar o sistema.
“Observamos que o custo da instalação reduziu em média 7% ao ano, nos últimos 4 anos e a queda deve continuar na mesma proporção, com isso, todas as classes sociais têm acesso a este sistema, ou seja, hoje em dia energia solar é para todos”, complementa o engenheiro. O Estado de São Paulo é o segundo com mais instalações de energia solar, perdendo somente para Minas Gerais.