Elize Matsunaga, condenada a 16 anos de prisão por ter matado e esquartejado o marido, Marcos Matsunaga, foi indiciada pela Polícia Civil em Sorocaba por uso de documento falso.
O indiciamento ocorreu nesta segunda-feira (27), por meio do 8º Distrito Policial, localizado na região da Zona Norte da Cidade, que tem como titular o delegado Acácio Aparecido Leite. A operação se chama "Nada Consta".
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, comentou o caso em suas redes sociais. "Infelizmente, a reicindência criminal é uma das realidades com as quais nossas polícias se deparam. Ela havia sido solta na progressão de pena, que se demonstra um entrave para segurança pública", disse.
Entenda o caso do documento falso
- Elize teria feito a falsificação de um atestado negativo de antecedentes criminais para adquirir emprego em uma empresa de construção civil que realiza obras em condomínios de luxo em Sorocaba.
- Para fazer a falsificação, Elize pegou o atestado negativo de outra pessoa, apagou o nome que constava e colocou seu nome de solteira, Elize Araújo Giacomini, no lugar. Isto configurou a produção de documento falso. Além disso, ela teria alterado também os números de identificação do atestado.
- Policiais sorocabanos foram até Franca, cidade onde ela tem endereço fixo. Lá, eles cumpriram mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça. Foi apreendido um notebook da Elize.
- Outra equipe de policiais passou a monitorar Elize por radares de trânsito, e flagraram o momento quando ela chegou dirigindo um Honda Fit. A polícia abordou Elize, que estava tranquila. Ela foi levada até o 8º DP.
- Policiais fizeram novas diligências até um outro endereço em Sorocaba, na região Norte, no qual ela não mora mais. Durante vistoria em seu carro, foi apreendido seu aparelho celular.
- Acompanhada de seu advogado, Elize negou autoria da falsificação e uso do documento falso, mas confirmou ter trabalhado numa empresa de prestadora de serviços de pintura em Sorocaba. Ela alegou que, para trabalhar, apenas apresentou seu documento de identidade.
- Após prestar depoimento, Elize deixou a delegacia acompanhada de seu advogado.
- Uma denúncia anônima levou a polícia a iniciar as investigações sobre o caso.
Matou e esquartejou o marido
Elize foi condenada a 16 anos por matar e esquartejar o próprio marido, Marcos Matsunaga, à época, diretor executivo da empresa alimentícia Yoki. O crime ocorreu em maio de 2012 em São Paulo.