Jovem Pan News
O governador do Estado de São Paulo, João Doria, descartou a criação de uma “Renda Cidadã regional” neste momento e disse que isso compete ao governo federal, assim como a destinação de recursos sem furar o teto de gastos. “O processo que se abateu sobre a economia com a pandemia é nacional. Aqui tomamos as medidas básicas necessárias, porque entendemos que algo tem que ser feito”, disse. “O coronavírus causou a mais grave crise econômica mundial. Todos os países que enfrentam a pandemia também enfrentam a crise econômica. Não foi diferente no Brasil, nem em São Paulo. Já perdemos R$ 10,4 bilhões do orçamento em um gravíssimo desequilíbrio fiscal”, completou.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Doria lembrou que, nesse período, o governo estadual já entregou 1,5 milhões de cestas básicas, merenda em casa para cerca de 750 mil alunos e 600 mil cestas de produtos de higiene e limpeza. São Paulo testa, através do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, uma potencial vacina contra a Covid-19. Com a previsão de iniciar a imunização no dia 15 de dezembro para os profissionais de saúde, Doria ressaltou que a intenção é levar a CoronaVac para todo o Brasil — mas isso depende do Ministério da Saúde. Segundo ele, as relações vão “muito bem” tanto com o governo federal quanto com a Anvisa.
“Para os brasileiros que vivem em São Paulo não vai faltar vacina. Desejamos oferecer para todo mundo, através do sistema nacional de vacinação do SUS, mas isso cabe ao Ministério. O Brasil vai precisar de, pelo menos, quatro vacinas para todo mundo no menor prazo possível para imunização simultânea de todos os brasileiros. Não podemos vacinar só uma parte, eleger primeira e segunda classe dos cidadãos. Confio que o Ministério da Saúde não vai colocar viés politico, ideológico ou eleitoral no tema da vacina”, analisou Doria, ao destacar que a CoronaVac foi classificada como uma das oito mais promissoras do mundo.
Quanto a retomada das aulas, que acontece nesta quarta-feira (7) no Estado, João Doria ressaltou que apesar de ser um ano letivo quase perdido, ainda há tempo de minimizar os efeitos da pandemia. O retorno das escolas estaduais de forma gradual e com rodízio tem autorização para acontecer hoje, mas os prefeitos de cada um dos 645 municípios tem autonomia sobre as escolas municipais e privadas. A cidade de São Paulo, por exemplo, escolheu apenas pelo retorno das atividades extracurriculares. Doria disse respeitar essa decisão. “O prefeito Bruno Covas tem sido cuidadoso, assim como os secretários Edson Aparecido e Bruno Caetano.”