22 de Novembro de 2024
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Contra evasão escolar, governo de SP lança campanha com influenciadores

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Postado em: 02/12/2020

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Isabela Palhares, da Folhapress

Após seis meses com todas as escolas da rede estadual fechadas, o governo de São Paulo lançou nesta quarta (2) uma campanha com influenciadores para incentivar os alunos a assistirem as aulas remotas ou voltarem às unidades que reabriram.

No próximo ano, o governo também quer dar uma bolsa de estudos para alunos de baixa renda. Uma das avaliações é de que parte dos estudantes pode não regressar às escolas por terem começado a trabalhar durante a pandemia para ajudar em casa. Por isso, o incentivo financeiro seria importante.

O aumento do abandono escolar é um dos efeitos mais temidos da pandemia por gestores educacionais e especialistas da área.

Até o início de novembro, 500 mil alunos da rede estadual não entregaram nenhuma atividade letiva neste ano –cerca de 15% dos 3,5 milhões de matriculados. Segundo Rossieli Soares, secretário de Educação, as ações são para engajar esses estudantes a voltarem aos estudos.

Nesta quarta, a secretaria anunciou uma parceria com o produtor musical Kondzilla, dono de um dos maiores canais no Youtube e responsável pelos videoclipes de maior sucesso do funk. Ele e outros influenciadores vão divulgar as atividades letivas em vídeos curtos no TikTok, rede social com muitos usuários jovens.

"Precisamos falar com os jovens, mostrar para eles a importância de continuar estudando. Uma coisa sou eu, Rossieli, dizendo que o estudo é importante. Outra é o jovem ouvir isso do Esdras [influenciador com mais de 400 mil seguidores no Instagram]", disse Soares.

Para o próximo ano, o governo de São Paulo tenta ainda recursos com o Banco Mundial para criar um programa que irá conceder bolsas mensais para 700 mil alunos de ensino fundamental e médio. O auxílio estudado é de R$ 80.

O projeto foi enviado à Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério da Economia, que faz a análise inicial dos projetos que concorrem a recursos de organismos internacionais.

"Temos uma preocupação muito grande com o jovem que será forçado a escolher entre ir para a escola ou ajudar a botar comida na mesa de sua família. Isso nos assombra, nenhum jovem deveria ter essa escolha imposta. Cabe a nós sociedade não admitir isso."

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