22 de Novembro de 2024
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Campanha "Natal Sem Fome" recebe doações até 21 de dezembro em Sorocaba

Foto: Foguinho/Imprensa SMetal
Postado em: 10/12/2020

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Com o objetivo de combater a fome e, ao mesmo tempo, diminuir o desperdício de alimentos, em 2005 nascia o Banco de Alimentos de Sorocaba, uma iniciativa do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). A ideia teve seu embrião em 1994, quando o SMetal começou a realizar no município a campanha Natal sem Fome, que visava garantir cesta básica para pessoas em situação de vulnerabilidade social nos finais de ano.

 

Carlos Roberto de Gaspari, um dos fundadores do Banco e ex-presidente do Smetal, falecido em junho deste ano, explicava que, com o Natal sem Fome, surgiu a necessidade de criar uma entidade que garantisse que as cestas distribuídas uma vez por ano chegasse na mesa de quem mais precisava o ano todo. "De todos os direitos que o cidadão tem, o mais básico é a alimentação. Nós não podemos nos satisfazer em ver que a gente tem alimento na nossa mesa. É fundamental que a gente se indigne em saber que, nos dias de hoje, muita gente não tem alimento para pôr na mesa para os filhos e para ele mesmo", afirmava Gaspari.

 

E assim, em 16 de dezembro de 2005, era fundado o Banco de Alimentos de Sorocaba, com apoio da Escola Técnica Rubens de Faria e Souza, do SESI e do CEAGESP. Ao longo de uma década e meia, a entidade doou mais de 5,6 mil toneladas de alimentos beneficiando cerca de 39 mil pessoas através de 226 entidades cadastradas.

 

Semanalmente, o Banco de Alimentos atende cerca de 9 mil pessoas com a distribuição de produtos alimentícios em Sorocaba e outras nove cidades da região: sendo: Votorantim, Araçoiaba da Serra, Iperó, Piedade, Salto de Pirapora, Mairinque, Alumínio, Pilar do Sul e Itapetininga. Outras 42 famílias indígenas são beneficiadas através do projeto Tembi´u, em Tapiraí.

 

Tiago Almeida do Nascimento, atual presidente do Banco de Alimentos, explica que o atendimento da entidade já foi maior. "Com programas como Fome Zero e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), dos governos Lula e Dilma, tivemos uma considerável redução dos índices de pobreza na região. Com isso, nosso serviço vinha se concentrando na segurança alimentar, com foco na educação nutricional, estávamos ensinando as pessoas a como comer com qualidade".

 

Ele lamenta, no entanto, que os recursos diminuíram e o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social aumentou. "O fim do PPA, por exemplo, significou deixar de atender muita gente. Tivemos uma redução drástica da quantidade de produtos para doação, o que também ocasionou o aumento da fome dos produtores rurais no campo. E assim, vemos que muitas pessoas não conseguem nem ao menos ter uma refeição por dia. Nós temos buscado todos os caminhos para garantir que quem mais precisa tenha um prato de comida na mesa".

 

Pandemia e solidariedade

 

Durante a pandemia da Covid-19, o Banco de Alimentos, com a ajuda de diversos parceiros, doou mais de 115 toneladas de alimentos, beneficiando cerca de 25 mil pessoas em Sorocaba e Região.

 

A assistente social do Banco de Alimentos de Sorocaba, Meire Ellen Rodrigues, enfatiza a necessidade da atuação do terceiro setor diante da crise vivenciada este ano. "Com a pandemia da Covid-19, a situação de vulnerabilidade de muita gente se agravou. Isso porque os governos não ofereceram condições suficientes para o sustento dessas pessoas. Através de projetos como o Cesta Verde, em parceria com entidades como a Central Única das Favelas (CUFA SOROCABA), buscamos garantir o direito humano a uma alimentação adequada e, assim, minimizar o impacto da crise para quem tem muito pouco".

 

O presidente do Banco ressalta que o trabalho da entidade é fazer a justiça social, não faz caridade. "É direito, artigo 6º da Constituição, toda pessoa tem direito à alimentação. O Banco de Alimentos por um bom tempo ficou marcado por um trabalho bonito, mas nós fazemos mais que um trabalho bonito. Porque não é bonito você ter que colocar alimentos na mesa de uma família, devia ser dever", diz Tiago.

 

O Banco de Alimentos tem o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) como mantenedor e tem sede no entreposto do CEAGESP sem custo algum para entidade.

 

Natal sem Fome 2020

 

Em 2020, não seria diferente. A campanha que deu origem ao Banco de Alimentos segue ajudando as famílias de Sorocaba e região.  O cenário econômico agravado pela pandemia da Covid-19 movimenta mais uma campanha que recebe doações até o dia 21 de dezembro.

 

As doações podem ser realizadas nos pontos fixos como a sede do SMetal e do Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS). As empresas metalúrgicas também podem doar e apoiar colocando caixas para arrecadação em suas dependências.

 

Em 2019, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região entregou 1.370 cestas da campanha às entidades cadastradas pelo banco. Para além disso, a ação teve adesão de dezenas de entidades e fábricas metalúrgicas, que fizeram doações, tanto em dinheiro quanto em alimentos, e colocaram caixas para arrecadações.

 

O presidente do SMetal, Leandro Soares, explica que a ajuda das empresas, aliada à solidariedade da população, pode fazer a diferença em 2020. "Esperamos que as fábricas metalúrgicas e a população, como um todo, possam nos auxiliar neste sonho: fazer o Natal de diversas famílias mais feliz", explica.

Como participar

 

Doando alimentos nos pontos fixos, como sede do SMetal e fábricas da categoria

 

Para doações e outros tipos de contribuição:

 

Telefone: (15) 3334-5416

Whatsapp: (15) 99842-3796

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