A indústria farmacêutica francesa Ipsen, que produz e comercializa botox, anunciou esta semana que obteve a aprovação de um novo método de testes de toxina botulínica baseado em células artificiais. Agora, em vez do teste de dose letal mediana (LD50), que mata centenas de milhares de camundongos anualmente, a Ipsen já não tem motivos para não descartar os testes em animais.
“Em 2009, expomos o sofrimento dos camundongos usados em testes nos Laboratórios Wickham, da Ipsen, em Hampshire”, informa a organização Cruelty Free International, acrescentando que embora o Ministério do Interior do Reino Unido tenha considerado o laboratório culpado de causar sofrimento desnecessário aos animais, eles continuaram autorizados a usar até 100 mil camundongos em testes a cada ano.
Segundo a diretora de ciência da CFI, Katy Taylor, a substituição dos testes em animais na fabricação de botox é uma conquista realmente importante. “É inaceitável que os animais tenham uma morte agonizante por causa de um produto usado para fins cosméticos quando há uma alternativa sem o uso de animais. Pedimos a outras empresas de botox que deixem esses testes cruéis no passado”, enfatiza.