Jovem Pan News
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu, nesta quinta-feira, o adiamento das eleições em que tentará obter um segundo mandato, sob a alegação de possíveis fraudes decorrentes do voto à distância. O chefe de governo – que em 2016 recebeu 3 milhões de votos a menos que a então candidata do Partido Democrata, mas alcançou a vitória no Colégio Eleitoral – tem aparecido atrás nas pesquisas do provável candidato no pleito de novembro, o ex-vice-presidente Joe Biden.
Devido à pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, organizações civis, autoridades e os democratas promovem o voto enviado pelo correio para a eleição de 3 de novembro, pleito que definirá o presidente, mas também um terço do Senado e a totalidade da Câmara dos Representantes.
“Com o voto universal pelo correio, a eleição de 2020 será a mais imprecisa e fraudulenta da história”, escreveu Trump no perfil que mantém no Twitter. “Será uma grande vergonha para os EUA. Adiar a eleição até que as pessoas possam votar de forma adequada, segura e segura?”, indagou o presidente.
Recentemente, em entrevista à emissora de televisão americana “Fox”, Trump evitou dizer se aceitaria o resultado das eleições, algo que já havia feito poucas semanas antes do pleito de 2016. Em 244 anos de existência da república americana, nunca houve adiamento da votação, nem mesmo em 1864, quando o país estava no terceiro ano de Guerra Civil. De acordo com a Constituição dos EUA, o presidente não tem autoridade legal para adiar ou cancelar uma eleição. O Congresso é que deve determinar a data do pleito e o dia em que os votos serão emitidos para todo o país.