09 de Outubro de 2024
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Vereadores conhecem o novo Hospital Regional criticam sistema de regulação

Postado em: 17/08/2018

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Inaugurado em julho deste ano, com 144 leitos de internação (108 cirúrgicos, dos quais, 16 são para crianças, e 36 clínicos), o novo Hospital Regional de Sorocaba, que leva o nome do médico cardiologista Adib Jatene e possui 27 mil metros quadrados de área construída, no Km 106 da Rodovia Raposo Tavares, foi objeto da visita de um grupo de vereadores, liderados pelo presidente da Câmara Municipal de Sorocaba, vereador Rodrigo Manga (DEM), durante a manhã desta sexta-feira (17).

Os vereadores foram recebidos pelo diretor técnico do hospital, o médico pediatra Carlos Garcia, que, no auditório do hospital, fez uma exposição geral sobre seu funcionamento. Em seguida, os vereadores se dividiram em grupos e visitaram todas as dependências do hospital, salvo as que estavam com pacientes em tratamento.

Construído na modalidade de parceria público-privada, o novo Hospital Regional é administrado por duas entidades sem fins lucrativos: a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), fundada em 1933, que cuida da parte de atendimento de saúde, chamada de “bata branca”, e a Inova Saúde, que gerencia a parte administrativa do hospital, chamada de “bata cinza”.

Oferecendo atendimento de média e alta complexidade, o novo Hospital Regional de Sorocaba atende na área de emergência e trauma e oferece serviços como neurocirurgia, cirurgia cardiovascular adulto e infantil e ortopedia.

O diretor técnico do hospital explicou que o hospital conta com 96 leitos de UTI, inclusive 20 leitos pediátricos que ainda não estão em funcionamento. Um dos diferenciais do hospital, segundo o diretor clínico, é a informatização de toda a sua gestão hospitalar, inclusive a dispensação de medicamentos, que é feita de modo fracionado e personalizado, garantindo a segurança e eficácia da prescrição, evitando o desperdício.

Durante a exposição do diretor técnico, o vereador Wanderley Diogo (PRP) externou sua preocupação com a acolhida dos acompanhantes dos pacientes, que não dispõem de local adequado para ficar. Carlos Garcia disse que há um estudo em curso para a possível construção de um centro de convivência nas proximidades do hospital, para atender os acompanhantes, muitos deles oriundos de outras cidades, mas essa questão está a cargo da Inova Saúde, que gerencia a parte administrativa do hospital.

A vereadora Iara Bernardi (PT) questionou quem vai fazer a gestão das vagas do hospital, uma vez que, no seu entender, não está claro como funciona esse processo. O diretor clínico explicou que o hospital é 100% referenciado e, com isso, os pacientes são encaminhados pela Central de Regulação do Estado, além da Central de Regulação de Sorocaba.

Os vereadores foram unânimes em reconhecer a qualidade das instalações do hospital, mas também externaram sua preocupação com a regulação de vagas. O presidente da Casa, vereador Rodrigo Manga (DEM), observou que, de acordo com os dados apresentados pelo próprio diretor clínico do hospital, Sorocaba, apesar de ser a maior cidade da região, ainda é a menos atendida no hospital. Segundo o presidente da Casa, essa é uma questão a ser tratada pela Frente Parlamentar de Saúde.

O vereador Engenheiro Martinez (PSDB) também elogiou a estrutura do hospital, mas igualmente defendeu que é preciso tornar mais eficiente a regulação de vagas, uma vez que Sorocaba não está tendo um atendimento equivalente ao de outras cidades. O vereador João Donizeti Silvestre (PSDB) disse que o hospital não fica a desejar aos melhores hospitais do país, como o Albert Einstein e o Sírio Libanês, e observou que a população das 48 cidades merece esse bom atendimento, uma vez que pagam seus impostos para isso.

O vereador Hélio Brasileiro (MDB) observou que toda a estrutura do hospital “é extremamente robusta, de última geração”. O parlamentar, que é médico, também elogiou a qualidade técnica do Centro Cirúrgico, em que todos os aparelhos são instalados de forma suspensa, sem encostar no chão, o que facilita a limpeza, reduzindo os riscos de infecção hospitalar, e agiliza o atendimento de emergência, devido à maior mobilidade dos aparelhos, que não se enroscam em fios pelo chão.

A vereadora Fernanda Garcia (PSOL) também elogiou a estrutura do hospital, mas observou que ele ainda não está em pleno funcionamento e reiterou a preocupação com a regulação: “Nossa preocupação é como o paciente chega até o hospital”, enfatizou. O vereador Silvano Júnior (PV) observou que o hospital é, sem dúvida, de referência, mas enfatizou que está faltando a Central de Vagas e a DRS liberarem mais vagas para hospital. O vereador Rafael Militão (MDB) observou que o hospital dispõe de tecnologia que não existe na maioria dos hospitais públicos e privados, o que atesta sua alta qualidade.

O vereador Renan Santos (PCdoB) afirmou que a visita foi importante para entender como será a organização do hospital. “Para nós vereadores, ainda era muito nebuloso qual é o papel do novo Hospital Regional. Esclarecemos algumas dúvidas e vamos levar algumas demandas para o secretário estadual de Saúde”, disse o parlamentar, salientando a preocupação com o funcionamento da UTI Neonatal. “Esse setor está muito atrasado. Ainda vão chegar novos equipamentos para começar a funcionar e é a demanda mais urgente que temos em Sorocaba”, concluiu. Por fim, outra queixa feita pelos vereadores é sobre a falta de acesso ao hospital pela Rodovia Raposo Tavares no sentido interior–capital, cujas obras previstas ainda não foram realizadas.

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