O despejo de esgoto no Córrego Tapera Grande tem causado transtornos para os moradores do Cajuru, sobretudo em relação ao mau cheiro.
A constatação é do vereador João Donizeti Silvestre (PSDB), que, por meio de requerimento aprovado na Câmara Municipal, solicita informações à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) sobre as providências que estão sendo tomadas quanto ao problema, uma vez que o referido esgoto não é proveniente de Sorocaba.
Donizeti lembra que, desde 2017, com o início da operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Parque Vitória Régia, o Córrego Tapera Grande deixou de receber a carga de esgoto da cidade de Sorocaba. “Mas um grande volume de esgoto ainda é lançado no córrego, oriundo da região do Pirapitingui. Esse esgoto empoça em vários pontos, formando pequenos lagos, que exalam um mau cheiro insuportável”, afirma.
Ajuste de Conduta
O parlamentar observa que, há cerca de dez anos, a cidade de Itu vem construindo a Estação de Tratamento de Esgoto do Pirapitingui, que foi entregue em 2014, mas ainda não entrou em funcionamento, devido a alguns problemas estruturais.
Donizeti destaca que existe um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), celebrado em 2008 entre o Ministério Público e a companhia de saneamento de Itu, estabelecendo que o município vizinho não poderia lançar esgoto in natura no Rio Pirajibu, e nem mesmo esgoto tratado nos ribeirões Varejão, Tapera Grande e Sanatório, salvo se não houvesse outro recurso e com a aprovação da Cetesb.
“Queremos saber da Cetesb como está a situação desse Termo de Ajuste de Conduta e qual o prazo máximo para que a cidade de Itu realize definitivamente a coleta do esgoto que é lançado no Córrego Tapera Grande”, diz o vereador. “Sorocaba, em especial os moradores do Cajuru, não pode continuar sofrendo com esse esgoto, mesmo depois de conquistarmos a Estação de Tratamento do Vitória Régia, pela qual tanto lutamos, junto com a nossa comunidade”.