O presidente da Comissão Especial de vereadores, Anselmo Neto, entregou ao secretário da Saúde, para análise da equipe de saúde, uma cópia dos protocolos adotados pelas cidades de Pirassununga e Porto Feliz, que apresentam números favoráveis no combate à pandemia, e também o protocolo do grupo “Médicos pela Vida”, com o uso de medicamentos como a Hidroxicloroquina. Ele recebeu como resposta a negativa dos técnicos da pasta quanto à eficiência dos remédios.
“Esses protocolos usam a azitromicina e hidroxicloroquina, pela observação de acerto e erro, e essas cidades têm acertado mais e as pessoas têm morrido menos”, afirmou o vereador. “Observamos que abriram unidades sentinelas, onde é feito o teste e, se der positivo, começa a profilaxia”, completou.
O presidente quis saber por que Sorocaba não aplica o protocolo do Ministério da Saúde e sim do Estado de São Paulo e se existe um protocolo próprio no Município, além do motivo de não se testar os pacientes nos primeiros sintomas. Watanabe afirmou que a secretaria segue as recomendações dos técnicos infectologistas e do Ministério da Saúde, desde que certificados pela Anvisa.
A equipe da Secretaria da Saúde concordou com o vereador, quanto à politização da pandemia, e reforçou que nenhum antiviral foi comprovado como eficiente, havendo um temor com a dose tóxica da hidroxicloroquina, com base nos estudos. Outras drogas são utilizadas conforme o quadro de cada paciente. “A gente fez um protocolo de assistência desde as UBSs até o hospital de campanha, com fluxo que se combinam”, explicou a infectologista Priscila dos Santos. A médica explicou que o protocolo de Sorocaba é enxuto, com taxa de letalidade satisfatória.
Sobre a questão, o vereador Renan Santos (PDT) ressaltou que não há proibição do uso desses medicamentos em Sorocaba. “O médico tem autonomia total de usar esses medicamentos ou não”, afirmou.
A equipe da saúde também apresentou um panorama das 12 cidades do Estado com maior número de casos da Covid-19. De acordo com os dados, Sorocaba está na sétima posição em número de casos e 11º no número de mortes, sendo que a taxa de letalidade hoje está em 2,27%. “Se aumentarmos a testagem, a taxa de mortalidade não muda, mas de letalidade diminui”, afirmou o coordenador técnico de atenção primária, doutor Lúcio Neves.